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Além do valor do salário, planos de saúde, carreira e alimentação são os benefícios mais importantes na hora de procurar emprego

Crédito: Freepik

Apenas um bom salário não é mais um atrativo para quem busca uma oportunidade no mercado; a lista de itens dos candidatos para uma vaga ser atrativa aumentou, segundo dados obtidos em pesquisa realizada pela Onlinecurrículo. Foram entrevistadas 500 pessoas de diversos segmentos, faixa etária, classes sociais e regiões do país. As perguntas foram realizadas individualmente em questionário estruturado em formato online.

Sobre os direitos e benefícios oferecidos pela empresa, os fatores mais relevantes para quem está almejando uma recolocação no mercado estão ligados ao valor do salário, responsável por 69% dos entrevistados; planos de saúde (62%) e de carreira;  possibilidade de crescimento dentro da empresa (57%). Estes foram os dados mais listados no ranking. Benefícios alimentícios, como vale refeição, alimentação ou cesta básica representam 54% da preferência dos colaboradores, enquanto quatro em cada dez  respondentes sinalizaram como prioridade a flexibilidade no horário de trabalho.

Para Alex Araujo, CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional, com formação em Recursos Humanos pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), a pandemia acentuou a necessidade da procura por oportunidades que permitissem a construção de uma rotina saudável, com foco na entrega e no colaborador.

“Hoje, a relação entre vida pessoal e profissional tem mudado bruscamente. Se pegarmos a geração baby-boomers (50 – 75 anos), a relação com o empregador é diferente. O trabalho é colocado muitas vezes em primeiro lugar, como prioridade. Se analisarmos os mais novos, é uma outra dinâmica. O trabalho é visto como um complemento. Ele precisa valer muito a pena, com oportunidades que viabilizem o crescimento profissional, mas que também garantem uma rotina saudável, com benefícios”, diz.

O movimento pós-pandemia reforçou a importância de aliar reconhecimento financeiro à saúde mental. Depressão, ansiedade, angústia corporativa e burnout (síndrome do esgotamento profissional) tiveram um alto crescimento nas palavras mais buscadas pelo Google. De forma geral, o brasileiro está familiarizado com o termo em inglês. Em uma pergunta que misturava conceitos relacionados ao ambiente de trabalho, 75% dos respondentes souberam o real significado da palavra estrangeira .

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Entendendo que, em muitos casos,  a síndrome está  relacionada a uma sobrecarga de trabalho, foi perguntado aos entrevistados como eles se sentem quanto  à quantidade de demandas que realizam em seus empregos. A quantidade de demanda encaminhada para os colaboradores  sobre a hora trabalhada mostra que 44% dos respondentes consideram que realizam uma quantidade de tarefas adequada, considerando o salário que recebem e o que foi proposto pela vaga.

Já 35% afirmam que às vezes se sentem sobrecarregados quanto às suas demandas; 10% se sentem sobrecarregados com frequência e 11% já estiveram em situação de esgotamento, em que se sentiram tão sobrecarregados que chegaram a adoecer mental ou fisicamente em função da grande demanda profissional.

Para Araujo, esses feedbacks são importantes em vista da melhoria da dinâmica no ambiente corporativo. “Quando o colaborador está desanimado, isso implica na queda da produtividade e nos resultados finais. O ideal é que a empresa equilibre as demandas para uma entrega certeira. Claro que isso vai depender do budget disponibilizado para contratações”, finaliza.

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