Márcia Catunda
Coluna + Emprego

41% das empresas no Brasil utilizam IA nas operações. O cenário estabelece uma nova relação com o trabalho humano

As previsões em relação a substituição de seres humanos por robôs já é tema de discussões em debates e palestras há anos, mas esse contexto agora faz parte do cotidiano dos brasileiros.

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1 de abril de 2024
Márcia Catunda

A inteligência artificial está se desenvolvendo a passos largos. Esse cenário vem gerando no Brasil e no mundo um clima de tensão, receio e até medo, pois a evolução dos robôs já faz parte da realidade. No Brasil, segundo dados do Índice Global de Adoção de Inteligência Artificial da IBM, 41% das empresas utilizam tecnologias de IA nas operações, o país está acima da média da América Latina onde 29% das organizações utilizam IA.

41% das empresas no Brasil utilizam IA nas operações. O cenário estabelece uma nova relação com o trabalho humano
Imagem: freepik

 

As previsões em relação a substituição de seres humanos por robôs já é tema de discussões em debates e palestras há anos, mas esse contexto agora faz parte do cotidiano dos brasileiros. A psicóloga e especialista em Cultura Organizacional, Veruska Galvão acredita ser fundamental abordar a pauta dentro das empresas. Ela ressalta que é momento de se reinventar, assim como durante a Revolução Industrial, onde na época as mesmas especulações foram feitas sobre substituir o homem pela máquina e agora é a vez da Inteligência Artificial.

 

“É hora de utilizarmos as nossas habilidades e inteligências humanas, pois essas não serão substituídas pelos robôs e criarmos um espaço de trabalho que talvez ainda não exista. A nossa criatividade, capacidade de inovação, de análise crítica, essas habilidades serão fundamentais para esse momento que estamos vivendo”, analisa Veruska Galvão.

A psicóloga organizacional acredita que as empresas, em sua maioria, ainda não estão preparadas para fazer essa combinação entre a Inteligência Artificial e os seres humanos, pois para ela é necessário criar novos espaços e moldar a cultura organizacional para receber essas tecnologias, e ao mesmo tempo, preparar as pessoas para esse avanço. “Não acho que a Inteligência Artificial seja um ponto negativo, pelo contrário, significa inovação e avanço, mas muito me preocupa a falta de preparo das organizações para receber essas tecnologias, fazendo assim a interface com os humanos”, explica. Veruska Galvão.

 

A especialista em Cultura Organizacional destaca que a inteligência artificial fará o trabalho repetitivo, monótono, sistemático, que, muitas vezes, os seres humanos não gostam de fazer, trabalhos que facilmente podem ser feitos por robôs, e além disso a IA reduzirá o tempo e o esforço em algumas atividades.

 

“Nós vamos ganhar em eficiência, porque a inteligência artificial vai fazer atividades que nós geralmente gastamos muito tempo para fazer, como criar conteúdos, automatizar processos, processamento de dados, enfim são diversas funções, melhorando a nossa qualidade devida para que possamos criar novas coisas, que a inteligência artificial não pode”, afirma Veruska Galvão.

 

A psicóloga acredita que a era da IA é uma oportunidade para desenvolver habilidades e fortalecê-las e esse será o diferencial humano. “Eu costumo dizer que na era da inteligência artificial, o que vai restar para o ser humano é ser humano e o que caracteriza a nossa humanidade são as nossas relações e nossas habilidades humanas, relacionais, interpessoais, socioemocionais, sociocomportamentais, enfim, que são as famosas Soft Skills, que pra mim não são nada “soft”, pois não são fáceis de serem desenvolvidas”, reconhece.

 

Na perspectiva do mercado de trabalho, Veruska Galvão afirma que a lição de casa é criar ambientes de trabalho onde as pessoas possam desenvolver a sua humanidade, e isso significa desenvolver habilidades. “Investir nas pessoas, nas habilidades humanas, nas relações, pois a qualidade das relações determina a qualidade dos resultados. Em um ambiente de trabalho onde a qualidade das suas relações é boa, os resultados também são muito bons. E mais do que nunca isso vai ser um diferencial. Então, é necessário criar espaços para que o desenvolvimento da nossa humanidade aconteça”, conclui a psicóloga Veruska Galvão.

 

Veruska Galvão

Psicóloga organizacional, empreendedora, palestrante, mentora e conselheira consultiva, possui certificações internacionais em Coaching, em Modelagem de Cultura Corporativa, em Segurança Psicológica de Times, em Fearless Organization e em Constelação Sistêmica Organizacional. Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas com Pós MBA em Docência Empresarial e Liderança Colaborativa. Há 20 anos atua no desenvolvimento de líderes, times, RH’s e cultura organizacional. Atuou em multinacionais como Manpower, Coca-Cola FEMSA e Hertz. É coautora do livro “Livre para falar”. Veruska Galvão é precursora nos temas Segurança Psicológica e Modelagem de Cultura Organizacional no Brasil. É fundadora da AKADEMIA de Transformação Organizacional.

Mais Informações

Veruska Galvão

Site: www.veruskagalvao.com

Youtube: @veruskagalvao

Instagram: @veruskagalvao

Linkedin: Veruska Galvão

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