A Geração Z, jovens nascidos de 1995 até 2010, está entrando no mercado de trabalho. E por se tratar da mais nova geração no ambiente corporativo, diversos conflitos de gerações estão acontecendo. Uma pesquisa realizada pelas consultorias McKinsey e Box1824, descreve os jovens como pragmáticos, indefinidos, comunicativos, reais, Comuna Holics (que se comunicam com diversos públicos) e Meme Thinkers (que se comunicam com memes e emojis).
Ainda de acordo com a pesquisa, os jovens da geração Z são realistas, práticos e buscam satisfazer suas necessidades financeiras e seu enriquecimento pessoal, sem deixar de lado os campos emocionais e sensoriais. É a geração que quebra as necessidades de rótulos. E, como são nativos digitais, têm uma boa facilidade em comunicação e se adaptam a qualquer avanço tecnológico. Além disso, são inclusivos e entendem a importância da diversidade. A nova geração também criou uma nova maneira de se comunicar, à base de emojis e memes.
A analista de pessoas e cultura da Gateware, Bruna Santana, afirma que os profissionais da Geração Z têm uma personalidade autêntica e bastante transparente, por isso buscam empresas que tenham valores parecidos com os deles. “Não é só o trabalho pelo trabalho, mas sim como meu trabalho impacta o meio, eles realmente querem contribuir para um mundo melhor”, afirma.
Outro ponto importante, é que os jovens trabalhadores buscam um equilíbrio maior entre vida profissional e pessoal. De acordo com Bruna, a nova geração também vai questionar a estrutura hierárquica rígida e nunca serão workaholics.
“São profissionais que preferem ambientes colaborativos, com uma hierarquia mais horizontal, além de comunicação aberta e o feedback constante. Vemos cada vez mais essa geração atuando e buscando empresas que têm espaço para autonomia, para poder gerenciar o seu tempo, suas entregas e suas tarefas”, analisa Bruna Santana.
A auxiliar de marketing da Gateware, Emanuelly Lima, tem 19 anos portanto faz parte da Geração Z. Ela afirma que suas três prioridades na hora de escolher uma empresa para se trabalhar são: oportunidade de crescimento, saúde mental e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
“Valorizo a oportunidade de fazer cursos, de conhecer mais sobre outras áreas, aumentar o meu repertório. A minha segunda prioridade é se essa empresa valoriza a saúde mental dos seus trabalhadores, é um assunto muito importante e é raro encontrar uma empresa que genuinamente valorize isso. É importante também não misturar vida pessoal e profissional. Família, amigos e coisas que eu amo estão em um lado e crescimento profissional de outro”, explica Emanuelly.
A jovem afirma que sua geração é muito flexível e adaptável, então pode trabalhar com tudo que quiser e seguir seus sonhos, uma coisa que ela acredita que não tenha sido possível para as gerações anteriores. Entretanto, afirma que sente uma pressão das gerações passadas que querem impor o que os jovens devem fazer e como devem agir.
“No dia a dia fora do trabalho, eu tenho que lidar muito com essa pressão das gerações passadas, lidar com pessoas me dizendo o que fazer, falando como eu deveria seguir, no que eu deveria ser boa e isso causa uma pressão gigantesca que atrapalha”, conta a auxiliar de marketing.
Fato é que concordando ou não, a Geração Z vem transformando o mercado de trabalho para um futuro mais flexível, autêntico e super conectado. A analista de pessoas e cultura, Bruna Santana, acredita que as empresas que se adaptarem a essa nova realidade, abraçando valores e expectativa dessa geração, certamente vão estar melhor posicionadas para prospectar com os jovens.