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Como usar a comunicação não-violenta para melhorar minhas relações corporativas?

Livre Prática busca ir na contramão da violência verbal estrutural nas empresas

Uma comunicação assertiva é essencial para que qualquer ambiente de trabalho seja saudável e produtivo. No entanto, muitas vezes, as interações nas empresas podem ser marcadas por conflitos, mal-entendidos e tensões, resultando em um clima negativo que prejudica a colaboração e a eficácia. É nesta ocasião que a Comunicação Não-Violenta (CNV) entra em jogo, oferecendo uma abordagem eficaz para melhorar as relações corporativas e promover uma cultura de respeito, empatia e compreensão mútua.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Aberje em 2020 sobre a Comunicação Não-Violenta (CNV) nas organizações no Brasil, entre os 327 entrevistados, 52% afirmaram que a ansiedade é o estado emocional mais frequente que sentem enquanto trabalham e que a empatia é uma prática importante para 89% dos colaboradores. Isso reflete como a CNV é fundamental para melhorar as relações corporativas, pois promove a empatia e aprimora a compreensão mútua.

Desenvolvida pelo psicólogo clínico Marshall Rosenberg, a CNV é um método estruturado para transformar a forma como nos comunicamos, promovendo a resolução de conflitos, a construção de relacionamentos mais saudáveis e a criação de um ambiente de trabalho mais positivo e produtivo.

Ela se baseia em quatro componentes principais: observação, sentimento, necessidade e pedido. Para aplicar esses componentes, é importante observar de forma objetiva e sem julgamentos, expressar seus sentimentos de forma clara e honesta, identificar as necessidades por trás desses sentimentos e fazer pedidos específicos e construtivos. Seu intuito não é ser apenas uma ferramenta de gestão, mas um caminho para a transformação cultural das empresas. É o que explica a Dra. Simone Nascimento, médica com especialização em saúde mental e bem-estar corporativo.

“Ao adotarmos a CNV, não estamos apenas melhorando a comunicação; estamos promovendo uma organização onde cada colaborador se sente ouvido, compreendido e valorizado. Essa prática é fundamental para as empresas que buscam proporcionar um ambiente que valorize a saúde mental e a produtividade sustentável, afinal, quando as pessoas se sentem seguras e respeitadas, elas naturalmente se tornam mais engajadas e criativas, impulsionando a inovação e o sucesso da empresa como um todo”, completa. 

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Contudo, desenvolver essa prática não é uma tarefa fácil, pois requer um compromisso contínuo e uma liderança que esteja disposta a ser o exemplo vivo dos princípios que prega. É um investimento no capital humano que promete retornos imensuráveis em termos de retenção de talentos, engajamento, criatividade e, consequentemente, resultados financeiros.

Confira algumas dicas valiosas da Dra. Simone Nascimento para aprimorar uma comunicação empática na sua empresa:

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