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Dicas para conquistar uma vaga de Jovem Aprendiz

Imagem: pexels

Para jovens estudantes, ingressar no mercado de trabalho é uma tarefa desafiadora. A falta de experiência prévia e a competição com candidatos mais experientes, que estão cursando ensino superior ou demais especializações, se faz de modo desigual.  O Programa Jovem Aprendiz, sancionado pela Lei da Aprendizagem há 24 anos, existe justamente para equilibrar a situação e abrir as portas para a entrada no mercado de trabalho.

“Trata-se de uma oportunidade muito interessante para jovens aprenderem sobre o mundo do trabalho, desenvolvendo noções práticas e teóricas sobre possíveis áreas de interesse como administração, marketing e logística, além de receberem um complemento de renda e benefícios”, diz Bruna Tamires Nascimento, Gerente do Programa de Aprendizagem da Companhia de Estágios, líder no Brasil em recrutamento,seleção e gestão de estagiários, trainees e jovens aprendizes. 

As oportunidades de jovem aprendiz podem ser acessadas por jovens, com idade entre 14 e 24 anos, que estejam cursando o ensino básico (Fundamental I, II ou Médio) ou já tenham concluído esta modalidade.  A categoria de trabalho permite aos jovens adquirir habilidades essenciais, como desenvolvimento pessoal e gestão financeira, além de contribuir para a diminuição da evasão escolar.

“O programa é inclusivo para estudantes com poucas oportunidades, por isso, os candidatos podem estar cursando Educação de Jovens e Adultos (EJA) para conclusão do ensino básico”, diz a especialista. O salário para esta categoria de trabalho, que possui suas regras próprias e contrato por tempo limitado tipo CLT, varia de empresa para empresa, mas precisa partir de um salário mínimo/ hora.

Para orientar os jovens nessa tarefa, a especialista da Companhia de Estágios apresenta dicas sobre como selecionar a vaga ideal e se destacar no processo seletivo.

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Quando é hora de buscar a vaga? 

Uma vaga de Jovem Aprendiz, embora tenha carga horária menor, requer que o jovem esteja decidido a assumir responsabilidades e pronto para estruturar melhor a sua rotina para equilibrar trabalho e estudo.

Se o estudante se dedica a muitas atividades extracurriculares ou está com dificuldades em alguma disciplina e demanda escolar, entrar no mercado de trabalho pode não ser uma boa ideia. Mas se deseja desenvolver maturidade, pode ser uma proposta bem interessante.

“Faltar ao trabalho sem apresentar atestado médico pode gerar a demissão do Jovem Aprendiz, o que  ficará registrado na carteira. Por outro lado, ser reprovado na escola também gera demissão. Então, é importante contar com uma boa organização de tempo”, alerta a especialista.

 

Qual a faixa salarial?

Tecnicamente, o aprendiz recebe uma remuneração mensal calculada com base  no salário mínimo vigente em proporção às horas trabalhadas. Mas há uma variação de renda oferecida por cada empresa, então é preciso avaliar cada oportunidade em particular.

“Contratos que demandam menor quantidade de horas trabalhadas irão oferecer uma salário menor, e vice-versa”, comenta a especialista. “Algumas companhias chegam a pagar R$1.500,00 para os seus Jovens Aprendizes, acima até do salário mínimo”, acrescenta a gerente da Companhia de Estágios.

Além disso, o contrato inclui benefícios obrigatórios como vale transporte, FGTS (2%), férias e décimo terceiro salário com base no período trabalhado. “Embora não esteja previsto no contrato vale alimentação e vale refeição, a maioria das empresas oferece ao Jovem Aprendiz o mesmo pacote de benefícios que disponibilizam aos demais colaboradores, e esta é a recomendação da Companhia de Estágios para as empresas”, diz a especialista.

 

Como escolher a vaga ideal?

A melhor vaga é aquela que melhor se adequa à rotina e perfil de cada estudante, fornecendo benefícios e o mais importante, a oportunidade de ingressar no mercado. É importante levar em consideração o que se quer aprender, bem como expectativa salarial, mas questões práticas como distância do trabalho entre a casa e a escola terão grande impacto no dia a dia, por isso, devem ser prioridade na escolha da vaga.

“Muitos jovens se interessam por começar a trabalhar em empresas grandes, de nomes conhecidos, mas que estão localizadas numa região muito distante. Nesta hora, é preciso entender que, muitas vezes, grandes deslocamentos diários podem gerar estresse e afetar a rotina de estudos e trabalho, não sendo sustentáveis no longo prazo”, diz Nascimento.

 

Como é a rotina do jovem aprendiz?

Durante quatro dias da semana, conforme as horas acordadas, o jovem aprendiz trabalha na empresa, sob a responsabilidade de um gestor, ficando responsável por atividades básicas, que dependem da área e da empresa escolhida. As atividades são sempre validadas por um superior.

Durante um dia da semana, o jovem aprendiz frequenta o curso teórico que é relativo à área que trabalha para maior desenvolvimento. Quando concluído, recebe um certificado, que pode ser inserido no currículo e perfil no LinkedIn.

“As empresas costumam adotar um expediente entre 9h e 16h, com 1h de almoço. O curso geralmente ocorre entre 9h e 15h, com 1h de almoço também”, complementa a especialista.

 

Como encontrar vagas e se destacar durante o processo seletivo?

Por lei, todo estabelecimento que possua sete ou mais funcionários CLT, independentemente de sua natureza, econômica ou social, está obrigado a contratar aprendizes. De todo modo, é preciso estar atento à abertura e divulgação de vagas.

As divulgações normalmente acontecem em sites especializados em vagas e portais de notícias. As ONGs que fazem a gestão de contratos de aprendizagem também comunicam oportunidades com inscrições abertas.

A principal dica para quem já está participando de um processo seletivo e está com uma entrevista marcada é ter pontualidade e se vestir de modo adequado. “Chegue meia hora antes do horário agendado, pois podem ocorrer imprevistos como trânsito, fila na recepção do prédio e demora no cadastramento para acessar a empresa”, compartilha a especialista.

É importante lembrar também que é uma entrevista de emprego, então, programe-se para que a roupa não seja um problema. Em geral, o ”dress code” não precisa ser uma grande preocupação, pois uma camisa ou mesmo uma camiseta, calça jeans e tênis serão suficientes.

Também é igualmente importante aprender sobre a empresa, o que ela faz, qual o seu público e um pouco da sua história, além de mostrar interesse pela área em que está concorrendo. “Como a vaga é destinada à aprendizagem, o recrutador sabe que o candidato não tem experiência ou habilidades técnicas, mas irá avaliar interesse, preparo para a entrevista e potencial de comprometimento”, diz a especialista.

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