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Como a IA impulsiona as soft skills no mercado de trabalho

Foto: divulgação

*Por Karina Rehavia

Parece um paradoxo, mas é o que tenho observado. Remontando a história, vemos desde o início da Revolução Digital, na década de 1990, que dominar ferramentas e linguagens de programação eram o passaporte para uma carreira de sucesso. Contudo, nos últimos anos, temos assistido a uma transformação significativa. As soft skills – ou habilidades comportamentais – estão cada vez mais valorizadas, especialmente em um ambiente onde a Inteligência Artificial evolui rapidamente.

É muito difícil prever, mas me arrisco a dizer que, com o avanço da IA, o foco em habilidades comportamentais se intensificará. À medida que as máquinas assumem tarefas repetitivas e analíticas, as competências humanas, que envolvem criatividade e pensamento crítico ganham mais relevância. Além disso, a IA se baseia no que já aconteceu, o futuro é da mente humana.

A Pesquisa Panorama 2024, da AMCHAM, coloca a Inteligência Artificial no topo da lista entre os temas prioritários para transformar negócios nos próximos anos. Porém, esse mesmo trabalho elenca 13 tópicos como os fatores internos com maior potencial de impulsionar crescimento, e dentre eles, destaque para a ação humana:

Esse apontamento fortalece a ideia acerca de como o capital humano segue no topo dos negócios.

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Nesta linha, uma pesquisa recente da CashNet EUA, empresa de serviço de empréstimo online, elencou as dez soft skills mais desejadas pelas empresas: pensamento estratégico, habilidades de negociação, persuasão, habilidades de apresentação, pensamento crítico, mentoria, inteligência emocional, inovação, gestão financeira e resiliência.

 

Para quem investe no desenvolvimento de soft skills e adota uma postura de constante atualização, o futuro oferece não apenas desafios, mas também inúmeras oportunidades de crescimento e sucesso. A mentalidade de aprendizagem contínua é indispensável para quem deseja manter sua relevância no mercado de trabalho. O profissional que combinar suas habilidades técnicas com um alto nível de inteligência emocional e pensamento crítico,  na minha visão, será o mais bem-sucedido.

As inúmeras possibilidades que a IA oferece são nítidas até mesmo aos mais míopes à inovação. Mas serão ainda melhores quanto mais intimamente estiverem ligadas às habilidades comportamentais. Nossa capacidade de criar uma sinergia eficaz entre estas duas forças tende a ser a chave para se pensar o futuro.

Karina Rehavia é fundadora e CEO da Ollo e da Social Talent, empreendedora e líder empresarial, com mais de 20 anos de carreira contribuindo para o desenvolvimento e crescimento de iniciativas empresariais de organizações nas áreas de desenvolvimento de negócios internacionais e gestão e liderança de projetos de grande escala. Além do Brasil, já atuou profissionalmente nos EUA, Inglaterra, China e Emirados Árabes Unidos.

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