Ícone do site Portal GCMAIS

92,4% dos profissionais consideram mudar de carreira no futuro, aponta pesquisa do Infojobs e RH Pra Você

Você estaria disposto(a) a mudar completamente os rumos da sua trajetória profissional? Em algum momento da jornada corporativa, muitos se questionam se estão realmente felizes em suas funções atuais. Interesses pessoais, busca por novos desafios, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, falta de valorização e questões familiares são apenas alguns dos motivos que influenciam a mudança de emprego. Para entender essas questões, o Infojobs, HR Tech líder em tecnologia para RH, e o RH pra Você, plataforma de conteúdo digital multimídia com foco em gerar conhecimento de qualidade para o setor, apresentam o e-book O Panorama da Transição de Carreira no Brasil.

Realizada entre abril e junho de 2024, a pesquisa envolveu 832 profissionais anônimos, coletando dados via formulário online. A amostra foi distribuída pelas bases do RH Pra Você e do Infojobs por meio de e-mail, redes sociais e newsletters. Dos participantes, 50,8% já realizaram uma ou mais transições de carreira, enquanto 49,2% ainda não passaram por essa experiência.

Entre os que nunca mudaram de área, 92,4% consideram uma possível mudança no futuro. Quase metade (47,2%) expressa insatisfação com a carreira atual, enquanto apenas 26,9% manifestaram sentimento positivo em relação à atual área e 25,9% não souberam avaliar se estão ou não satisfeitas. A maioria atua nos setores de Saúde (14,2%), Serviços (9,3%) e Marketing/Comunicação (5,9%).

Hosana Azevedo, Head de Recursos Humanos do Infojobs, analisa que, embora a possibilidade de uma transição esteja em pauta, há fatores que podem ‘frear’ os profissionais: “Observo que 37,9% dos profissionais citam fatores pessoais, como idade, como os maiores empecilhos para mudanças de carreira. Além disso, 30,1% apontam a falta de networking com pessoas de áreas de interesse como um grande obstáculo. Outros 16,4% destacam o medo de perder a estabilidade, enquanto 15,6% mencionam o medo do desconhecido como motivo para resistir à mudança”.

Já ao serem perguntados sobre o que mais valorizam em sua área atual, a resposta mais apontada pelo público foi a possibilidade de crescimento (20,3%). Salário melhor (17,4%), desenvolvimento das próprias habilidades (16,4%), sentimento de que a área tem potencial de inovar e se desenvolver (14,4%) e qualidade de vida e bem-estar (13,2%) completam o pódio das cinco respostas mais compartilhadas.

Publicidade

No recorte dos profissionais que já experimentaram o processo de transição de carreira, a área atual que traz mais respondentes é a Saúde (13,2%). As três primeiras são completadas por Serviços (10,9%) e Varejo (8,7%).

“A área da Saúde, inclusive, é a única que não está presente na análise do último setor de cada profissional antes da transição. Neste cenário que remete ao passado de suas carreiras, o trio da frente é formado por Varejo (14,9%), Serviços (13,7%) e Indústria (11,1%)”, explica Hosana Azevedo.

O primeiro ponto que chama atenção nos resultados referentes a quem já mudou de área diz respeito à quantidade. Mais da metade já fez a troca mais de uma vez (40% de duas a três vezes, 14,2% mais de quatro vezes). Uma única transição foi conduzida por 45,9% do público.

Dentro do contexto das mudanças, o índice de satisfação é superior ao de quem não passou por uma transição de carreira. 63,1% dos respondentes estão satisfeitos, enquanto apenas 15,8% não demonstram contentamento com seu atual momento profissional.

Para a Head de RH do Infojobs, outro ponto de destaque diz respeito ao aspecto hierárquico: “66% dos entrevistados mantêm a mesma hierarquia de cargo em relação à área anterior ou atuam em função acima. O destaque positivo também se encontra na capacitação, uma vez 86,3% possuem, na atual atividade, o mesmo grau de qualificação em comparação com a experiência anterior ou mais qualificações”.

Quando perguntados sobre os fatores que motivaram a mudança – ou as mudanças – de carreira, a predominância é do desejo de crescer profissionalmente, apontado por quase metade dos participantes (49,2%). Outros pontos mais citados são: busca por mais qualidade de vida (32,2%); Desejo de conhecer outras áreas ou ampliar as habilidades (29,1%); e insatisfação com a área anterior (25,3%). Ainda assim, somente um pouco menos da metade (47,3%) encontrou na nova e atual área o que motivou a mudança. Isso não impede, porém, que esses profissionais incentivem outros a realizarem uma transição, conselho compartilhado por 96% deles.

No todo, 78,3% dos que resolveram transitar entre diferentes áreas consideram a experiência da mudança de carreira como positiva ou muito positiva, mesmo com os desafios que foram encontrados. Entre os principais, estão: falta de experiência (54,8%); dificuldade de recolocação no mercado (39,2%); problemas financeiros (33,8%); e problemas de adaptação (19,9%). Do outro lado da moeda, que traz as maiores satisfações com a mudança, o salário melhor (41,6%), a melhoria das habilidades (35,7%), o aumento na qualidade de vida (35,5%) e o sentimento de maior valorização (32,2%) se sobressaem.

Mais um detalhe que vale o destaque é a idade da última transição. Os dados da pesquisa indicam que o momento com maior intensidade de trocas está entre os 25 e 34 anos (34%). 11,6%, por sua vez, mudaram de carreira entre 45 e 60 anos ou acima dos 60, o que mostra que sempre é tempo para recomeçar.

“A transição de carreira é um passo significativo e muitas vezes desafiador na vida de um profissional. Nossa pesquisa busca fornecer insights valiosos para aqueles que estão considerando essa mudança, ajudando-os a tomar decisões mais informadas e seguras,” afirma Hosana Azevedo. “Identificar os principais obstáculos e motivadores pode ser a chave para uma transição de carreira bem-sucedida.”

Sair da versão mobile