A saúde mental ganha cada vez mais espaço no ambiente corporativo, e 2025 promete consolidar essa prioridade. O aumento da conscientização sobre o impacto do trabalho na saúde psicológica dos colaboradores está impulsionando empresas a adotarem políticas mais robustas de apoio emocional. Paralelamente, a Inteligência Artificial (IA) surge como aliada para personalizar estratégias de saúde corporativa.
Ferramentas baseadas em IA estão sendo projetadas para melhorar o bem-estar dos colaboradores, como aplicativos que sugerem atividades de relaxamento com base no perfil de cada colaborador, além de contribuir diretamente para a segurança no local de trabalho.
Com o mercado competitivo e a busca por produtividade equilibrada, empresas de todos os portes enxergam na união entre saúde mental e IA um diferencial estratégico. Ignorar a bem-estar dos colaboradores em um cenário de alta exigência emocional e intelectual pode levar a diversos contratempos dentro de uma empresa.
Segundo a pesquisa People at Work 2023, cerca de 67% dos trabalhadores atribuem sintomas de estresse a questões profissionais. Problemas como burnout, alta rotatividade, absenteísmo e queda na qualidade do atendimento ao cliente tornam-se inevitáveis em ambientes que não priorizam o bem-estar. Além disso, empresas que negligenciam a saúde mental correm o risco de perder sua reputação como empregadoras atrativas, algo crucial em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.
De acordo com o doutor Marco Aurélio Bussacarini, CEO da Aventus Ocupacional e especialista em saúde nas empresas, as corporações deverão colocar, em 2025, a saúde mental como prioridade estratégica para se manterem relevantes no mercado. “No passado, os cuidados com a saúde mental no ambiente corporativo eram tratados como um diferencial oferecido por empresas mais inovadoras. Hoje, isso mudou de forma significativa, e, em 2025, a saúde mental será uma necessidade estratégica para as empresas que desejam permanecer sustentáveis no mercado”, destaca Bussacarini.
Algumas empresas já colocam a saúde mental como parte do treinamento corporativo. Além das habilidades técnicas, elas estão incorporando treinamentos em inteligência emocional, resolução de conflitos e gestão do estresse como parte obrigatória da formação de seus colaboradores.
Outro ponto importante é a integração da saúde mental à produtividade. Segundo Dr. Marco, funcionários mais tranquilos tendem a produzir mais: “Está cada vez mais claro que colaboradores mentalmente saudáveis são mais produtivos, criativos e engajados. Assim, programas de saúde mental deixam de ser iniciativas isoladas e passam a ser vistos como investimentos em performance organizacional.” conclui Bussacarini
IA e novas tecnologias para 2025
A inteligência artificial (IA) e novas tecnologias na área da saúde ocupacional estão evoluindo de forma exponencial, transformando processos e práticas em um ritmo sem precedentes. Sua aplicação no ambiente corporativo pode transformar a maneira como a saúde ocupacional é gerida, tornando os processos mais eficientes, preventivos e personalizados.
Para acompanhar esse crescimento acelerado, é essencial que profissionais e empresas estejam preparados para absorver essas inovações com agilidade. Estar preparado significa antecipar-se, aprendendo constantemente e criando um ambiente propício para que essas tecnologias sejam implementadas com sucesso e eficiência.
A saúde mental pode ser abordada de forma mais eficaz com IA. Aplicativos como chatbots fornecem suporte emocional básico, oferecendo orientações iniciais ou conectando o colaborador a um psicólogo. Exemplo: Um funcionário que enfrenta ansiedade usa uma IA corporativa para acessar técnicas de respiração e exercícios de mindfulness em tempo real.
Outro caso é a detecção de Sinais de Burnout. Neste caso, a IA monitora dados como carga de trabalho, e-mails enviados fora do horário e padrões de produtividade para identificar colaboradores sob risco de burnout.
“Em 2025, empresas que investirem em IA para a saúde do trabalho estarão mais preparadas para garantir o bem-estar dos colaboradores, melhorar a produtividade e atender às exigências de um mercado cada vez mais competitivo e tecnológico”, conclui o Dr. Marco.