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Como as empresas podem combater o racismo no ambiente de trabalho: orientações para líderes e gestores

(Foto: Freepik) Dados da Diversitrack, banco de dados da Diversitera, apontam que 8% das pessoas pretas já enfrentaram algum episódio de preconceito, assédio ou micro agressão

Apesar dos avanços em debates sobre diversidade e inclusão, o racismo ainda persiste como um problema estrutural no ambiente de trabalho no Brasil. Uma pesquisa realizada pela Diversitera, startup dedicada à análise de dados sobre diversidade, equidade e inclusão nas organizações, revela números preocupantes: entre junho de 2022 e julho de 2024, 28% das pessoas negras (pretas e pardas) respondentes da pesquisa relataram ter enfrentado episódios de preconceito, assédio ou microagressões no ambiente corporativo. Além disso, 9% afirmaram ter sido vítimas de racismo explícito. 

Diante desse cenário, a ABRH-SP reforça a necessidade de ações estruturadas e contínuas para a promoção de ambientes corporativos mais justos e inclusivos. Para abordar essas questões, a associação organiza todo ano o Fórum da Diversidade e Inclusão, evento que busca fortalecer a governança corporativa e estabelecer bases para a perenidade das empresas. Com o propósito de contribuir para um futuro mais justo para os profissionais e a sociedade, o Fórum apresenta ferramentas, práticas e reflexões que ajudam líderes e organizações a combater qualquer forma de discriminação.

Como os líderes devem agir em situações de racismo no trabalho

Quando episódios de racismo acontecem, é fundamental que líderes e gestores saibam identificar, ajam pela responsabilização e implementem estratégias preventivas para mitigar casos futuros. Para isso, as organizações podem seguir os seguintes passos:

A importância da prevenção

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Para a Diversitera, o que os dados nos mostram é que ações preventivas são a melhor estratégia para eliminar o racismo nas organizações. “É o mais inteligente a se fazer, ‘prevenir a remediar’, como diz o ditado. É o tipo de investimento que faz muito sentido quando o assunto são as políticas de Diversidade e Inclusão, como o combate aos ideários preconceituosos, falas injuriosas e comportamentos discriminatórios”, comenta Tamiris Hilário, especialista em assuntos étnico-raciais da startup.

Luiz Eduardo Drouet, Presidente da Diretoria Executiva da ABRH-SP, reforça que, ao promover uma cultura de inclusão, as empresas também fortalecem o engajamento e a produtividade de seus times. “A diversidade deve ser vista como um ativo estratégico para os negócios. Empresas que lideram com empatia e equidade constroem relações mais sólidas com seus colaboradores e stakeholders”.

Além de impactos sociais, a omissão frente ao racismo pode acarretar prejuízos financeiros e de reputação às empresas. Para evitar isso, as organizações precisam agir de forma proativa, reconhecendo que o combate ao racismo é um compromisso ético e estratégico.

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