Márcia Catunda
Coluna + Emprego

As principais tendências para o mercado de trabalho em 2025

Com a evolução do mercado de trabalho, novas práticas e conceitos surgem para acompanhar as demandas de um cenário cada vez mais ágil e conectado.

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6 de janeiro de 2025
Márcia Catunda

 

*Por Karina Rehavia

Com a evolução do mercado de trabalho, novas práticas e conceitos surgem para acompanhar as demandas de um cenário cada vez mais ágil e conectado. Para 2025, destaco algumas iniciativas que prometem ganhar força: licença por infelicidade, jornadas reduzidas às sextas-feiras (Short Friday), semanas de trabalho de quatro dias, Workation, o avanço contínuo da Economia Open Talent e da Inteligência Artificial.

Licença por infelicidade

A política criada por Yu Donglai, fundador e presidente da rede de varejo chinesa Pang Dong Lai, que emprega mais de 7.000 funcionários, permite que os trabalhadores tirem até 10 dias de folga por ano quando se sentirem estressados, tristes ou desanimados.

Short Friday

Com jornadas reduzidas às sextas-feiras, uma prática já adotada por algumas empresas no Brasil, a proposta busca proporcionar mais tempo para a vida pessoal e, ao mesmo tempo, aumentar o engajamento dos funcionários. Embora ainda não exista uma regulamentação específica para este sistema, na prática, as horas não trabalhadas não são descontadas do salário, sendo concedidas como um benefício.

Semana de 4 dias

O projeto piloto do programa “4-Day Week” propõe uma jornada em que os funcionários trabalham quatro dias por semana e descansam por três. No Brasil, os resultados foram bastante positivos, com otimização de tarefas, redução de faltas e mais tempo dedicado à vida pessoal.

De acordo com um relatório desenvolvido em parceria com a FGV-EAESP, envolvendo 21 empresas e 280 colaboradores, 60% dos participantes relataram melhorias na execução de projetos, 58% apontaram avanços em criatividade e inovação, e mais de 80% declararam sentir mais energia tanto para tarefas pessoais quanto profissionais.

Workation

Já imaginou trabalhar de qualquer lugar do mundo? Essa é a essência do Workation (união de work + vacation). O conceito vai além do trabalho remoto tradicional, permitindo que profissionais realizem suas tarefas enquanto exploram novos destinos ao redor do mundo. Essa liberdade geográfica não só enriquece os horizontes culturais, mas também estimula a criatividade e a inovação, ao conectar os indivíduos com ambientes e perspectivas inéditas.

Open Talent

O Open Talent, ou Economia Aberta de Talentos, transforma as relações de trabalho ao possibilitar que profissionais atuem de qualquer lugar, muitas vezes como freelancers, para mais de uma empresa. Esse modelo permite que organizações encontrem, contratem, gerenciem e desenvolvam talentos globalmente, sem a necessidade de vínculos empregatícios exclusivos ou fixos. De acordo com o relatório A Revolução do Open Talent, 27,6% dos respondentes demonstraram interesse em trabalhar como freelancers, enquanto 9% já iniciaram suas jornadas neste formato.

Inteligência Artificial

O avanço da IA tem gerado questionamentos sobre seu impacto em diferentes setores. Certamente, ela continuará se consolidando como uma aliada poderosa para aprimorar atividades e otimizar processos. No entanto, mesmo com os avanços tecnológicos, nenhuma ferramenta consegue substituir os conhecimentos, a sensibilidade e a intuição humanas, especialmente na tomada de decisões em contextos complexos. A IA não elimina, mas complementa o papel indispensável do ser humano no trabalho.

As tendências destacadas têm como objetivo promover um maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional, impactando positivamente a produtividade dos colaboradores. Embora ainda existam desafios, como desigualdades na qualificação profissional, infraestrutura digital limitada e altos índices de informalidade no mercado de trabalho, essas práticas estão ganhando espaço nas organizações. Esse movimento contribui para um estilo de vida e trabalho mais flexíveis, resultando em profissionais mais satisfeitos e engajados, o que, por sua vez, eleva a qualidade das entregas. Afinal, está comprovado que trabalhadores felizes tendem a alcançar desempenhos superiores.

Karina Rehavia é fundadora e CEO da Ollo e da Social Talent, empreendedora e líder empresarial, com mais de 20 anos de carreira contribuindo para o desenvolvimento e crescimento de iniciativas empresariais de organizações nas áreas de desenvolvimento de negócios internacionais e gestão e liderança de projetos de grande escala. Além do Brasil, já atuou profissionalmente nos EUA, Inglaterra, China e Emirados Árabes Unidos.

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