Estudo realizado pela HR Tech, em parceria com a Offerwise, também aponta tendências para o futuro do trabalho e a crescente busca por modelos mais flexíveis
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1 em cada 3 profissionais já sofreu discriminação em processos seletivos
Estudo inédito da Sólides, empresa de tecnologia líder no Brasil em gestão de pessoas para pequenas e médias empresas (PMEs), revelou um dado alarmante: 1 em cada 3 entrevistados (33%) afirma ter sido tratado de forma desigual ou discriminatória durante processos seletivos. Entre as mulheres a proporção é maior, 42%. Já entre os homens, 23%. O Panorama de Empregabilidade 2025, realizado em parceria com a Offerwise, mostra que os principais fatores apontados por estes profissionais foram etarismo (44%), classismo (27%) e padrões estéticos (26%).
Além disso, o estudo identificou os principais motivos que levam candidatos a desistirem de vagas ou seleções: além da percepção de discriminação, aspectos como falta de transparência salarial (26%), processos longos ou confusos (25%) e a ausência de feedback dos recrutadores (20%) são grandes influenciadores.
“O dado sobre discriminação nos processos seletivos evidencia um desafio crítico para o mercado de trabalho. O envelhecimento da população brasileira é uma realidade que só vai se intensificar nos próximos anos. As empresas precisam reavaliar suas estratégias de recrutamento, garantindo seleções mais equitativas e transparentes”, avalia Távira Magalhães, diretora de RH (CHRO) da Sólides.
O estudo completo será divulgado pela HR Tech em 11 de março, durante o evento RH Week.
Tecnologia na busca por emprego e nos processos seletivos
A transformação digital também está impactando a forma como os profissionais buscam oportunidades no mercado de trabalho. O estudo aponta que 63% utilizam sites e plataformas especializadas em vagas de emprego, enquanto 50% recorrem às redes sociais, como WhatsApp, Facebook e Instagram. O networking e as indicações são a escolha de 42% dos entrevistados, e 38% preferem agências de recrutamento para encontrar novas oportunidades.
Os candidatos até têm aceitado bem o uso de inteligência artificial nos processos seletivos, mas há menor receptividade quando se trata de etapas que envolvem contato humano, como entrevistas e admissões. O estudo revela que 84% concordam com o uso de IA no envio de currículos, enquanto 81% aprovam a recomendação de vagas baseadas no perfil do candidato. A revisão de currículos e a avaliação das experiências são bem-vistas por 72% dos entrevistados. No entanto, o uso de IA nos processos de admissão e entrevista tem menor aceitação, com 59% aprovando sua aplicação nessas fases.
O Panorama Gestão de Pessoas 2025 foi elaborado com base em uma amostra representativa da população brasileira em idade ativa, considerando diversidade de gênero, faixa etária, nível socioeconômico, região e escolaridade. A pesquisa ouviu 52% de mulheres e 48% de homens, distribuídos entre diferentes faixas etárias, com maior concentração entre 26 e 44 anos (49% do total). Quanto ao nível socioeconômico, a maior parte dos respondentes pertence às classes C (47%) e B (29%). Regionalmente, a pesquisa acompanhou a distribuição populacional brasileira, com predominância de participantes do Sudeste (49%), seguido pelo Nordeste (19%) e Sul (17%). Já em relação à escolaridade, 52% dos entrevistados possuem ensino superior completo ou incompleto, enquanto 36% concluíram o ensino médio.
A pesquisa foi conduzida por meio de um questionário estruturado e autoaplicável, disponibilizado online para painelistas da Offerwise, e considerou: homens e mulheres abertos a novas oportunidades de emprego com 18 anos ou mais, pertencentes às classes socioeconômicas A, B, C, D e E, residentes em todas as regiões do Brasil. A coleta de dados ocorreu entre os dias 9 e 20 de janeiro de 2025.
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