Dados da Gupy revelam o desafio e o potencial de atrair e reter talentos experientes no mercado de trabalho.

Contratação 45+: como empresas e profissionais estão se adaptando às novas dinâmicas de mercado
Empresas que abraçam a diversidade etária colhem benefícios significativos. Estudos indicam que equipes multigeracionais têm melhor desempenho por integrarem diferentes perspectivas e experiências. Dados da Gupy reforçam a relevância de discutir a empregabilidade 45+ em um contexto de mudanças rápidas e crescentes exigências tecnológicas. Para Guilherme Dias, cofundador, o momento é de redefinir paradigmas. “Estamos em uma jornada de transformação que não acontece da noite para o dia. Mas, com sensibilização, instrumentalização e ações concretas, podemos criar um mercado mais inclusivo e sustentável para todas as idades”, afirma.
Segundo dados da Gupy, aproximadamente 3,6 milhões de candidatos com mais de 45 anos estão cadastrados em sua plataforma de Recrutamento & Seleção, correspondendo a apenas 11% de sua base total – dado este que abre espaço para discutir como essa faixa etária tem utilizado plataformas tecnológicas e quais oportunidades existem para ampliar a participação de profissionais experientes nos processos seletivos.“É muito comum vermos profissionais com mais de 45 anos relatando dificuldades de se recolocar no mercado”, comenta Dias. No entanto, ele ressalta a importância de as empresas criarem estratégias para que este grupo esteja bem representado no quadro de funcionários. “São pessoas que trazem um equilíbrio valioso, combinando maturidade e experiência com disposição para se adaptar”
Diversidade etária
A diversidade etária é uma pauta emergente no mercado de trabalho, mas esbarra em barreiras culturais e estruturais. O cofundador da Gupy destaca que o etarismo — preconceito com base na idade — ainda influencia decisões de contratação e desenvolvimento. “Há uma tendência inconsciente de associar juventude a tecnologia, inovação e rapidez, o que é um erro. Precisamos sensibilizar e criar ferramentas para ajudar empresas e lideranças a combater esses vieses”, afirma.
De acordo com Dias, um dos principais desafios é a falta de intencionalidade nas políticas de inclusão. “Não basta abrir vagas afirmativas. As empresas precisam estar preparadas para receber esses profissionais e garantir seu desenvolvimento. Isso inclui treinar lideranças, rever processos internos e, sobretudo, valorizar talentos independentemente da idade.”
Na Gupy, a ordenação de currículos para vagas abertas pelas empresas que utilizam sua plataforma de Recrutamento & Seleção é baseada em critérios objetivos, sem considerar características pessoais, como a idade. Além disso, a empresa tem investido em iniciativas voltadas à inclusão de profissionais com mais de 45 anos no mercado de trabalho. Um exemplo disso foi o treinamento realizado no final do último ano em seu escritório, com foco na capacitação e no desenvolvimento desses candidatos, reforçando seu compromisso com a diversidade e a empregabilidade. A ideia é que mais espaços como este sejam criados ao longo deste ano de 2025.
Como se destacar em processos seletivos
Uma das principais recomendações dos especialistas é destacar as experiências anteriores no currículo de forma estratégica. “Profissionais com mais de 45 anos possuem vivências ricas, tanto profissionais quanto pessoais, que podem ser grandes diferenciais em um processo seletivo. Evidenciar essas experiências com foco em resultados concretos e demonstrar como elas agregam valor de forma única ao mercado de trabalho é essencial para causar uma boa impressão desde as primeiras etapas”, destaca Jhenyffer Coutinho, líder da experiência da pessoa candidata na Gupy.
Além da requalificação, o networking é apontado como uma ferramenta poderosa para se manter competitivo. “Muitas vezes, focamos tanto na entrega de resultados que negligenciamos o valor das conexões. O networking não é apenas pedir ajuda, mas construir relacionamentos genuínos, oferecendo mais do que pedindo. Isso pode abrir portas para oportunidades inesperadas”, diz Coutinho.
A longevidade profissional é uma realidade, e o mercado tem muito a ganhar ao abraçar essa nova fase da carreira com intencionalidade e visão de futuro.

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