Segundo o Índice de Confiança Robert Half (ICRH), 54% dos brasileiros planejam trocar de emprego em 2025. A 30ª edição do ICRH faz parte de uma pesquisa realizada em novembro de 2024, com mais de 1.000 trabalhadores a partir de 25 anos e com ensino superior completo.
As competências mais valorizadas neste momento de troca incluem versatilidade, adaptabilidade e agilidade. Além destas, o sócio da EXEC – empresa especializada na seleção e desenvolvimento de altos executivos e conselheiros, Rodrigo Forte, lista cinco dicas para ajudar na melhor integração. Confira:
1. Conhecer muito bem a nova companhia – Se você se movimentou para uma nova empresa, é hora de conhecer profundamente a nova companhia e as suas atividades. Mergulhe nos negócios, conheça a estrutura organizacional, as políticas, liderança, e faça uma imersão para compreender a cultura. A não ser que você tenha vindo para liderar uma mudança ou transformação cultural, o estilo da empresa certamente lhe obrigará a ajustar algumas condutas e comportamentos;
2. Domine a sua função – Não só compreenda as suas responsabilidades, mas alinhe de imediato com o seu superior às expectativas de entregas e realizações para esse novo ciclo. Metas “SMART” sempre ajudam muito. Faça no início reuniões de alinhamento frequentes com o seu superior para garantir que você está remando na direção certa e depois esses encontros podem ser mais espaçados.
Se você não apresenta todas as competências técnicas e comportamentais para o exercício pleno da função, trabalhe rápido com o RH e seu líder num plano de desenvolvimento individual. Essas eventuais oportunidades de desenvolvimento normalmente foram identificadas e medidas ao longo do processo de seleção.
3. Ninguém realiza nada sozinho – Se você é gestor, garanta que você tem um time à altura dos seus desafios, mas lembre-se também que as pessoas precisam ser conhecidas e demandam um tempo para se adaptar ao seu estilo. Além do mais, desenvolver alianças e construir pontes com áreas pares ou parceiros é fundamental para o seu sucesso e o da organização. Ao chegar na nova função procure compreender quem são os principais “stakeholders” internos e externos e monte, portanto, o seu “mapa de alianças”. A partir disso, tome a iniciativa de se aproximar, marcar conversas e, através delas, compreender como você pode ajudar e ser ajudado. E siga eternamente exercitando essas alianças.
4. Nada se faz sem recursos – Após compreender a realidade da empresa e da área, assim como as expectativas de entregas que você precisa realizar, verifique se você tem os recursos disponíveis para tanto: recursos humanos, tecnológicos, financeiros, entre outros que são fundamentais para que as entregas sejam realizadas. Só não se esqueça que os recursos são limitados e que o desafio é sempre fazer mais com menos. Mas sem recursos mínimos também não dá, então negocie.
5. Você tem 90 dias para mostrar por que veio. É fato que os grandes resultados são colhidos no médio ou longo prazo, mas trazer e divulgar resultados de curto prazo mostram à companhia que a sua contratação valeu a pena. Portanto, compreenda rápido o que pode ser feito, coloque a mão na massa, faça acontecer e divulgue. É o que chamamos de “quick wins”.
“Trabalhando bem estes pontos, a possibilidade de uma integração total na nova empresa ou equipe é quase certa e o prazo para isso deveria ser de cerca de seis meses. A partir daí, podemos considerar que a movimentação valeu a pena para ambas as partes. Além disso, eleger um mentor interno, além do seu superior, para acompanhar todo esse processo por ser uma ajuda positiva”, aconselha Forte.