Márcia Catunda
Coluna + Emprego

48% dos brasileiros prefere trabalho híbrido

Estudo realizado pela HR Tech, em parceria com a Offerwise, também aponta que 67% dos profissionais que trabalham remotamente aceitariam mudar para o regime híbrido ou presencial se o salário fosse maior

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24 de março de 2025
Márcia Catunda

Estudo inédito da Sólides, empresa de tecnologia líder no Brasil em gestão de pessoas para pequenas e médias empresas (PMEs), revelou que 55% dos entrevistados trabalham em regime presencial, enquanto 29% atuam no modelo híbrido e 16% de forma totalmente remota. No entanto, quando questionados sobre o modelo ideal de trabalho, quase metade (48%) indicou preferência pelo regime híbrido, seguido pelo remoto (29%) e pelo presencial (23%). Dos que preferem o modelo de trabalho híbrido, a maioria prefere 4 dias presencial (34%), seguido de 3 dias presencial (33%), 2 dias presencial (20%) e, em último lugar, 1 dia presencial (13%).

48% dos brasileiros prefere trabalho híbrido
Divulgação/Sólides Távira Magalhães, diretora de RH (CHRO) da Sólides

A crescente valorização do equilíbrio entre vida pessoal e profissional, especialmente entre as gerações mais jovens, no qual 36% dos respondentes que preferem o modelo de trabalho 100% remoto são da Geração Z (entre 18 e 27 anos de idade); e, entre os que preferem o formato 100% presencial, 34% são da Geração Boomer (mais de 60 anos de idade).

O estudo também revelou que 67% dos profissionais que trabalham remotamente aceitariam mudar para o regime híbrido ou presencial se o salário fosse maior. O Panorama Empregabilidade 2025 da Sólides, realizado em parceria com a Offerwise, mostra que 39% afirmam que fariam essa escolha sem hesitar, por valorizarem um salário mais alto, enquanto 28% concordariam com a mudança de modelo de trabalho se o aumento fosse realmente significativo. Já outros 22% estariam dispostos a considerar essa mudança dependendo de outros benefícios e da flexibilidade de horários.

“Os dados mostram que a remuneração ainda é um fator determinante para mudanças no modelo de trabalho. Isso reforça a necessidade de estratégias de gestão que conciliem bem-estar e benefícios financeiros, garantindo a atração e retenção dos melhores talentos. Além disso, a diferença geracional nas preferências por modelos de trabalho indica a importância de políticas flexíveis, que atendam às diferentes expectativas dos profissionais no mercado atual”, afirma Távira Magalhães, diretora de RH (CHRO) da Sólides.

Aprimoramento de empregabilidade também é tendência
Além das mudanças nas preferências sobre modelos de trabalho, o estudo também aponta uma forte demanda por qualificação profissional no país: 81% dos entrevistados sentem que precisam de apoio técnico ou treinamento para aprimorar suas habilidades e assim melhorar sua empregabilidade. Desse índice, 85% são mulheres, indicando uma maior preocupação com qualificação.

Outro dado relevante revela que, embora 86% dos profissionais estejam dispostos a participar de redes voltadas à empregabilidade, apenas 52% fazem parte desses grupos. Além disso, um terço dos entrevistados aponta a necessidade de melhorias na qualidade dos conteúdos oferecidos por plataformas de recolocação profissional.

“Os dados reforçam a importância de iniciativas que promovam o desenvolvimento contínuo dos profissionais e facilitem a conexão entre talentos e oportunidades. Investir em capacitação e networking estratégico não apenas aumenta as chances de empregabilidade, mas também fortalece a competitividade das empresas no mercado”, destaca Távira.

Metodologia
O Panorama Gestão de Pessoas 2025 foi elaborado com base em uma amostra representativa da população brasileira em idade ativa, considerando diversidade de gênero, faixa etária, nível socioeconômico, região e escolaridade. A pesquisa ouviu 52% de mulheres e 48% de homens, distribuídos entre diferentes faixas etárias, com maior concentração entre 26 e 44 anos (49% do total). Quanto ao nível socioeconômico, a maior parte dos respondentes pertence às classes C (47%) e B (29%). Regionalmente, a pesquisa acompanhou a distribuição populacional brasileira, com predominância de participantes do Sudeste (49%), seguido pelo Nordeste (19%) e Sul (17%). Já em relação à escolaridade, 30% possuem ensino superior completo, 15% possuem ensino superior incompleto e 7% concluíram pós-graduação, enquanto 36% concluíram o ensino médio.

A pesquisa foi conduzida por meio de um questionário estruturado e autoaplicável, disponibilizado online para painelistas da Offerwise, e considerou: homens e mulheres abertos a novas oportunidades de emprego com 18 anos ou mais, pertencentes às classes socioeconômicas A, B, C, D e E, residentes em todas as regiões do Brasil. A coleta de dados ocorreu entre os dias 9 e 20 de janeiro de 2025.

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