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Bater palmas na Missa não é crime

Foto: Reprodução

A beleza da Igreja reside em sua unidade na diversidade, uma marca que perdura desde os seus primórdios, com o Espírito Santo agindo em todos. No entanto, desde sua fundação, há movimentos que buscam uniformizar a instituição, como se houvesse apenas uma forma correta de ser católico.

Nos tempos atuais, os embates mais visíveis ocorrem no campo da Liturgia. Alguns tentam impor sua visão sobre como a celebração Eucarística deve ser conduzida. O problema não está na busca por uma celebração sóbria e musicalmente bela, mas sim na ideia de que sua maneira de celebrar é a única e mais autêntica forma católica.

Bater palmas na Missa não é crime

A Missa não é a celebração do velório de Cristo

Na internet, vídeos proliferam onde influenciadores e vendedores de cursos rotulam como não católicos formas legítimas de participar do culto Eucarístico. Para eles, só há uma maneira correta de celebrar, um único estilo de música, um único instrumento adequado para a Missa. Eles não conseguem compreender as diferentes possibilidades que levam em conta a cultura e a expressão de um povo.

Propagam práticas caricatas onde os fiéis devem parecer tristes, com mãos em certas posições, olhares fixos, sem espaço para alegria. Parece que estão celebrando o velório de Cristo, o que definitivamente não é o propósito da Missa.

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Preferir o canto gregoriano, um ambiente litúrgico com órgão de tubos, e comungar de joelhos são práticas piedosas e belas formas de celebrar a Missa. Porém, rotular e desclassificar aqueles que preferem outro estilo de música ou recebem a Comunhão na mão não é piedade.

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Riqueza na Igreja é a sua unidade na diversidade

Para alguns, bater palmas  durante a Missa é visto como um crime, associando isso a um comportamento inadequado. Ainda  são nostálgicos da Missa em Latim, desejando seu retorno como norma universal. Transformam preferências em ideologias, como comungar de joelhos ou também enxergam como ideológica a  recepção da Comunhão na mão.

Ao invés de rotular e excluir, a postura mais cristã se configura no acolhimento e na valorização das diversas formas de celebrar. É fundamental reconhecer que a beleza da Igreja reside justamente nessa multiplicidade, onde cada comunidade se expressa de acordo com sua cultura e tradição, sem que isso signifique inferioridade ou desvio da fé. A Igreja sempre acolheu a diversidade litúrgica, desde que respeitados os princípios fundamentais da fé.

Como nos ensinou o Papa Bento XVI, de saudosa memória, a Eucaristia é o Sacramento da Unidade. Essa unidade não se impõe pela uniformidade, mas sim pela comunhão na fé e no amor a Cristo. É na diversidade geradora de unidade que a Igreja encontra sua beleza.  

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