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Ódio, Racismo e Xenofobia travestidos de rivalidade esportiva na Espanha

Agência Brasil

É fato que no futebol o  atacante rival de maior sucesso, aquele que faz gols contra nosso time, sempre irá nos incomodar. E isso é natural, isso é rivalidade esportiva. Mas o que está acontecendo na Espanha, principalmente contra Vini Júnior, é algo totalmente acima do tolerável.

Parte da imprensa esportiva espanhola, mundialmente conhecida pelo bairrismo quase ufano, traçou a narrativa de que as danças pós gols de Vini eram um desrespeito. O pare de fazer “Macaquices” não é o responsável pelo Racismo no futebol, mas talvez seja o estopim do Ódio sem proporções que envolve esse infeliz acontecimento.

Logo mais às 17:00, Real e Atlético de Madrid se enfrentam pela Copa do Rey da Espanha. E o jogo que deveria ser mais um espetáculo de bom futebol, já está manchado por um ato totalmente abominável. Na noite anterior ao clássico, Ultras do Atlético penduraram pelo pescoço um boneco Negro, com a camisa de Vini, em uma clara ameaça ao atacante brasileiro.

E o estranho é que o Real tem outros jogadores Negros, que outros jogadores dançam, e até provocam após fazerem seus gols, mas com Vinícius as proporções são outras. Talvez pelo fato dele ser um Negro Protagonista no maior clube do Mundo, talvez pelo seu sucesso, pelo seu brilho.

A assustadora anuência de La Liga em casos desse tipo é vergonhosa. A “normalidade” com que clubes e colegas de profissão tratam o episódio, idem. Vinícius não é o primeiro Negro, o primeiro estrangeiro, a sofrer esse tipo de ataque covarde, mas talvez nunca esse Ódio tenha sido tão explícito.

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