Parecia que seria mais uma noite mágica do Tricolor na Libertadores. O cenário era perfeito, estádio lotado, mosaico, torcida em êxtase, mas faltou combinar com os paraguaios. O Fortaleza até começou melhor, o inquieto Romarinho criava muito, sofria faltas, e parecia que dali viria o primeiro gol do jogo. Pochettino, Hércules e Galhardo também chegavam, e nessas diversas chances surgiu aquele que seria o personagem da partida, Jean o goleiro.
A partida começou e o Leão até tentou tomar as rédeas do jogo. Muito na força da torcida, pois o time de Vojvoda se mostrava ansioso, o Fortaleza jogava no campo dos paraguaios. Pochettino e Calebe tentavam municiar o ataque sem muito sucesso, o Cerro do alto das suas 44 participações na competição parecia não sentir a pressão.
A ansiedade das arquibancadas interferia diretamente no campo, Fortaleza era desorganizado. Até que aos 22 minutos da etapa inicial, Calebe em jogada pessoal invade a área e é derrubado, pênalti. Provavelmente aquela cobrança definiria como seria o restante da partida. Galhardo o Artilheiro Tricolor pega a bola e bate, mas Jean com uma tranquilidade assustadora defende.
Por alguns instantes o Castelão se cala, parecendo pressentir o que viria em seguida. O Cerro cresceu no jogo, deixou de ser um mero expectador e passou a trocar oportunidades. Os paraguaios tiveram um gol anulado pelo VAR, e logo em seguida, aos 34, abriram o placar. Em jogada pela direita Carrizo cruza e Churín cabeceia para as redes.
O Gigante da Boa Vista já não era um ambiente tão hostil para o Cerro. Que mesmo com um jogador a menos, Rivas foi expulso aos 12 da segunda etapa, conseguiu segurar o placar até o final.
O duro resultado é reversível, desde que o Fortaleza esqueça catimba e jogue seu bom futebol.