Após violentos ataques em cerca de 20 cidades do estado do Rio Grande do Norte, incluindo a capital, uma equipe da Força Nacional de Segurança Pública desembarcou no estado na madrugada desta quarta-feira (15).
Ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB) informou ainda que o destacamento da polícia será gradual e todas as equipas devem desembarcar até quinta-feira, dia 16.
Saiba mais sobre a onda de ataques no Rio Grande do Norte
A onda de ataques coordenados a prédios e veículos públicos no Rio Grande do Norte incluiu incêndios em prefeituras e órgãos governamentais, além de tiroteios em bases policiais e sedes judiciais. Há suspeitas de que o sindicato do crime esteja por trás das atividades criminosas.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), até a noite de terça-feira, pelo menos 21 suspeitos de envolvimento no atentado haviam sido presos, sendo dois foragidos e um menor de idade. Também foram apreendidos: cinco armas de fogo, um artefato falso, 18 artefatos explosivos, três galões de gasolina, quatro motocicletas e um carro, além de dinheiro e munições. Um homem morreu em confrontos com a polícia, disse o ministério.
Governadora disse que estado não vai aceitar os ataques
A governadora do estado, Fátima Bezera (PT), que desembarcou com a tropa e usou as redes sociais para dizer sobre os esforços no combate aos ataques criminosos. “Não vamos descansar enquanto não restaurarmos a paz, a ordem e a tranquilidade ao povo do RN”, afirmou.
Para agilizar a logística, o Ministério da Defesa disponibilizou aeronaves para permitir o deslocamento de agentes das forças estaduais ao Rio Grande do Norte. Além disso, o Ministério Público decidiu aumentar o patrulhamento da Polícia Rodoviária Federal nas rodovias do interior do estado para controlar a circulação de criminosos.
Outros 30 policiais penais da unidade de treinamento de Porto Velho, em Rondônia, foram transferidos para Mossoró, município do interior do Rio Grande do Norte, segundo o secretário-geral Rafael Velasco. A cidade abriga um presídio federal.
Representantes do governo do estado, que se reuniram na sede do Ministério da Justiça, justificaram o ataque como uma vingança para criminosos descontentes porque o governo local reformou o sistema prisional e prendeu algumas pessoas por fazê-lo na prisão . nas últimas semanas.