Hábitos diários ajudam a combater doenças
Nos primeiros meses do ano, o período de chuvas começa a se intensificar em boa parte do Brasil, especialmente no Norte do País, devido aos fatores climáticos da região. Algumas doenças como as síndromes gripais (Influenza A (H1N1) e Influenza B), acontecem, principalmente, nos meses mais frios do ano, como outono e inverno, e as doenças transmitidas pelo vetor Aedes Aegypti (dengue, zika e chikungunya) acontecem com maior incidência nas épocas mais quentes do ano e com maior volume de chuva. Essas doenças são motivos de preocupação para a maioria da população, principalmente a que mora em áreas afetadas pelo grande volume de águas.
De acordo com o infectologista do Hapvida, o médico João Paulo Vasconcelos Poli, essas são doenças graves que todos os anos acometem a população e precisam de cuidados, isso porque elas podem ser confundidas com os sintomas da gripe, gerando complicações no quadro, caso não sejam tratadas, e agora também podem ser confundidas com os sintomas do novo coronavírus.
“É de extrema importância que a população possa reconhecer os sintomas dessas doenças e buscar atendimento médico. Os principais sintomas se manifestam, na maior parte, através de dores no corpo, febre, tosse, desânimo, dor atrás dos olhos, dor de cabeça e dor de garganta. Nas crianças, pode acontecer sintomas como coriza, olhos lacrimejando e tosse. Procurar ajuda médica o mais breve possível pode evitar que o quadro evolua”, explica o médico.
Poli relata que essas doenças são contínuas no nosso País, “essas doenças sempre vão e voltam. No momento, a atenção maior está voltada para a Covid-19, mas é preciso ter atenção com essas doenças que não estão sendo comentadas.” O infectologista ressalta que é necessário redobrar a atenção durante o período de chuvas e tomar as devidas precauções.
“Caso o paciente tenha apresentado algum desses sintomas e tenha sido medicado no centro médico, mas não apresentou melhoras, a recomendação é voltar rapidamente para o hospital, fazer os exames necessários para que seja possível diagnosticar a enfermidade de forma acertada e ficar em observação”, esclarece.
Prevenção
O médico garante que alguns cuidados básicos podem contribuir para prevenir essas doenças, principalmente a dengue. “Medidas simples como usar telas nas portas e janelas, evitar o acúmulo de água em recipientes e pneus, limpar calhas, piscinas e aquários e colocar areia nos vasos de plantas, são ações importantes para proteger todos da casa contra o mosquito causador da dengue. É fundamental também as famílias criarem uma rotina semanal de checar os reservatórios para evitar criadouros dentro do mosquito nas casas”, destaca.
Com relação às síndromes gripais, o especialista explica que a transmissão pode acontecer através das secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, espirrar e tossir ou por meio das mãos (tocando boca, nariz e olhos) após contato com locais contaminados.
Por isso, as recomendações para se prevenir são: não compartilhar alimentos, copos toalhas e objetos de uso pessoal; lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar; e procurar um médico ou unidade de saúde mais próxima em caso de gripe para diagnóstico.
A influenza é uma doença transmitida através do vírus influenza e provoca febre, dores de garganta e outros sintomas. A influenza é uma doença sazonal, mais comum no inverno, que causa epidemias anuais, podendo haver anos com maior ou menor intensidade de circulação de vírus influenza. Os sintomas da influenza A aparecem entre 3 e 7 dias após contato com o vírus. Existem outros tipos de influenza que podem trazer danos à saúde.
Já a dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus (existem quatro tipos diferentes de vírus da dengue transmitidas pelo Aedes Aegypti: sorotipos 1, 2, 3 e 4), que acontece principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As epidemias geralmente acontecem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.
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