Lágrimas e sorrisos marcaram a saída de Raimundo Emanuel (6) do Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), em Fortaleza – CE. Diagnosticado com Amiotrofia Espinhal Infantil (AME), ele passou 465 dias internado na unidade hospitalar. A alta foi motivo de comemoração para a família.
Antes de sair, uma festa. Raimundinho, como é carinhosamente chamado, ganhou bolo, fotos e recebeu o carinho dos profissionais do Centro Pediátrico. “Eu e todo mundo que conheceu o Raimundinho ficamos emocionados com a alta dele. O nosso sentimento é de dever comprido. Quando ele chegou aqui, a família estava triste, sem esperança. Mas nós ficamos sempre ao lado, nos momentos de angústia, passando esperança e força. Graças a Deus tudo foi superado e o dia da vitória chegou”, disse a fisioterapeuta Adélia Maria Gomes.
Raimundinho chegou ao hospital em junho do ano passado com problemas pulmonares. Para sobreviver, a criança precisou se alimentar por sonda e respirar com ajuda de aparelhos. “Ele chegou bastante debilitado, com insuficiência respiratória. Foram muitas as situações que ele conseguiu superar e vencer. A doença é progressiva e acabou acometendo os movimentos das pernas e braços. Estabilizado e com toda a assistência social garantida, agora ele está apto a voltar para casa”, conta a pediatra Carolina Parente.
Ele morava em Icó, no interior do Estado, mas a família decidiu se mudar para a capital e garantir assistência ao pequeno. “Agora vamos começar uma nova fase, no aconchego do lar. Só tenho a agradecer ao hospital por tudo que nos proporcionou e nos ajudou. Foram momentos difíceis que passamos, mas tivemos o apoio dos profissionais. Todos sempre nos deram muito apoio, muito carinho e se tornaram parte da nossa família também”, disse Jamira Silva (31), mãe da criança.
O acompanhamento foi garantido pelo Estado. “Nós realizamos a avaliação social e vimos que eles precisam do aluguel social e dos insumos como fralda, dieta, cama. Nós acionamos os órgãos e fizemos o acompanhamento para que ele pudesse sair com dignidade, segurança e todo o suporte para ficar em casa”, explica Michel Carvalho Barbosa, coordenador de Serviço Social do hospital.