A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens. O período, marcado pelas transições hormonais e corporais, deve ser acompanhado por pais e responsáveis, sempre atentos aos sinais apresentados pelos filhos.
“É importante acolher e ouvir o adolescente e os familiares atentamente, mostrar empatia e respeito, além de não fazer julgamentos. Falar com o paciente sobre questões relacionadas ao suicídio, depressão e demais ações de saúde mental pode ajudá-lo a se sentir mais seguro e confortável para conversar sobre assuntos que lhe causam incômodo”, explica a psicóloga Marleide Oliveira.
Problema recorrente entre os jovens, a automutilação é um sinal de alerta dado por quem, muitas vezes, pensa em tirar a própria vida. Uma mãe de 53 anos conta que o filho, um jovem de 17 anos, tentou cortar os pulsos e foi atendido pelo Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSM), em Fortaleza. “Foi um desespero, uma tristeza muito grande, mas felizmente ele sobreviveu. Ele sofre de depressão, ansiedade e síndrome do pânico. Depois dessa tentativa de suicídio, ele foi imediatamente atendido pelos psiquiatras e psicólogos do Hospital de Saúde Mental e agora meu filho está tomando medicação apropriada e tendo acompanhamento psicológico que o deixa bem mais estabilizado”, detalha.
Conforme a especialista, não existe uma única causa ou razão para o suicídio. “Ele resulta de uma interação de vários fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais e ambientais e inclui alguns aspectos que variam em graus crescentes de intensidade e gravidade”, explica.
A coordenadora do Serviço de Psicologia do HSM, Juliana Bezerra, os casos, frequentemente, estão associados a situações anteriores, os gatilhos mentais. Problemas na escola, fim de relacionamento, mortes ou divórcios na família. “É importante identificar esses comportamentos e estar atento a sinais como afastamento dos familiares e amigos, dificuldade com o sono, queda no rendimento escolar, comentários autodepreciativos. É necessário, também, entender as circunstâncias que influenciam ações autodestrutivas e estruturar intervenções eficazes”, conta.
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