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Ceará registra mais de 4 mil focos de queimadas no acumulado do ano

Ceará decretou estado de emergência no segundo semestre em razão do maior risco de queimadas

O segundo semestre é conhecido pela quantidade de queimadas no Ceará. As condições mais secas do solo e de vegetação, as baixas umidades relativas do ar, além das temperaturas altas e ventos frequentemente mais intensos colaboram com o problema. Segundo o relatório da Enel Distribuição Ceará, o Estado registrou 4.329 focos de incêndio.

“Neste período, é comum que tais focos tomem proporções maiores e evoluam para incêndio. Tempo mais seco e vento fortes, associados à comum falta de chuvas no segundo semestre são condições propícias para o fogo se espalhar”, comenta Raul Fritz, meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

As cidades mais atingidas até então são Icó (412), Santa Quitéria (311), Sobral (222), Saboeiro (141) e Iguatu (87). Em 21 dias, o mês de setembro apresenta um aumento de 80% comparado a agosto. A maior parte dos incêndios está localizada nas regiões Centro-Sul, Sul e Leste, com 50% dos casos. Dia 31 de agosto foram registrados 325 focos, o maior deste ano, seguido por 5 de setembro, com 281 focos, e 1º de setembro, com 162 focos. Após o fim do período chuvoso e início do período mais seco no Ceará, o número de incêndios tem aumentado mensalmente conforme expectativa.

O técnico Leonardo Borralho, coordenador do Programa de Prevenção, Monitoramento, Controle de Queimadas e Combate aos Incêndios Florestais (Previna), ressalta que, além dos fatores climáticos, o alto índice conta com a contribuição do homem, principal responsável pelos focos.

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Em julho, o Governo do Ceará instaurou estado de emergência em razão do maior risco de incêndios florestais e queimadas, no período compreendido entre os meses de julho de 2020 a janeiro de 2021. Com o decreto, a Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema) ficou autorizada a contratar brigadistas ambientais nas unidades de conservação estaduais.

OPERAÇÃO APOENA

Até o mês de novembro, o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realiza a Operação Apoena, no Ceará. Durante a investigação, o órgão realiza o monitoramento remoto das áreas notificadas, vistorias, confecção de laudos e lavraturas de notificações e investigação das causas dos incêndios florestais.

O balanço divulgado no começo de setembro, no fim da primeira fase, aponta que 36 laudos de vistoria e notificações foram aplicados pelo Ibama. Entre os locais visitados, estão propriedades rurais inseridas próximas à Unidades de Conservação como o Parque Nacional de Ubajara, Floresta Nacional do Araripe e Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra das Almas, em Crateús.

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