Um homem de 45 anos, tio de uma criança de cinco anos, está entre os presos neste ano, sob suspeita de participação em crimes sexuais no Ceará. De acordo com estimativa da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), foram 1.330 casos entre janeiro e agosto, 12% a menos, em comparação com o mesmo período no ano anterior. Entre fevereiro e junho, período mais crítico da pandemia do novo Coronavírus, foram 615 registros no Estado, 163 a menos em relação aos mesmos meses de 2019.

Em abril, quando o Ceará se preparava para atingir o pico da pandemia, 88 denúncias de crimes sexuais foram feitas à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). No ano anterior, foram 170. Conforme a pasta, os números são relacionados a crimes de estupro, estupro de vulnerável e exploração sexual de crianças e adolescentes.

 

“Infelizmente, a casa não é um lugar seguro para todos, pois muitos membros da família precisam compartilhar esse espaço com a pessoa que os abusa. Escolas e centros comunitários não podem proteger as crianças como costumavam nessas circunstâncias. Como resultado, nosso relatório mostra um aumento alarmante nos casos de abuso infantil a partir das medidas de isolamento social”, afirma Andrew Morley, presidente do conselho da World Vision International, em entrevista à Agência Brasil.

BOLETIM DE OCORRÊNCIA

A queda de casos no Ceará não significa que não existam outras situações de violência no período. Por isso, é importante formalizar a denúncia na Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca) ou em qualquer outra unidade policial. Para consultar os endereços, clique aqui. 

A população pode contribuir com o trabalho da delegacia especializada repassando informações sobre crimes que tenha conhecimento. As denúncias podem ser feitas pelo 3101-2044 da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca).