O Governo do Ceará decretou estado de emergência ambiental por conta do alto de índice de queimadas no segundo semestre de ano. Conforme a Enel Distribuição Ceará, foram mais de 4 mil focos de incêndios em 2020. Em meio ao cenário, um grupo de criadores de abelhas em Apuiarés e Pentecoste, no semiárido cearense, utiliza a meliponicultura para reduzir os impactos ambientais ocasionados pelo problema.
A Rede Néctar do Sertão, que recebe o apoio da ONG Agência de Desenvolvimento Econômico Local (Adel), congrega 70 produtores de algumas comunidades rurais dos municípios, que enxergam na atividade, uma oportunidade de preservação ambiental e valorização do bioma Caatinga. A meliponicultura, como é chamada, além de movimentar a economia local, também é sustentável, pois ajuda a preservar as abelhas e o meio ambiente com o serviço de polinização prestado às plantas nativas.
Na comunidade Lagoa das Pedras, em Apuiarés, os criadores são responsáveis por uma reserva ambiental onde são plantadas diversas espécies nativas, como aroeira, angico e pau d’arco, também conhecido como ipê. As espécies foram estrategicamente pensadas pela afinidade que têm com a abelha Jandaíra. “A expectativa é que, em um futuro próximo, esses meliponicultores consigam atender uma maior fatia do mercado de uma forma mais organizada”, explica Aurigele Alves, diretora de projetos da Adel.
EMERGÊNCIA AMBIENTAL
O Governo do Ceará decretou, pela primeira vez, estado de emergência ambiental devido ao maior risco de incêndios florestais e queimadas, no período compreendido entre os meses de julho de 2020 e janeiro de 2021. om o decreto, a Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (SEMA) fica autorizada a contratar brigadistas ambientais nas unidades de conservação estaduais.