Ícone do site Portal GCMAIS

Aprovado novo rótulo para alimentos; Saiba o que muda

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo modelo de rótulo para os alimentos. Entre as mudanças, uma lupa na frente da embalagem traz a informação se o produto tem alto teor de sódio, açúcar ou gorduras saturadas.

Esse tipo de rotulagem é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para prevenir e controlar a obesidade e as doenças crônicas relacionadas a alimentação. Luisete bandeira, consultora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), esclarece a novidade.

“Quatro país da América Latina já adotaram a informação nutricional frontal que é o caso do Chile, México, Peru e Uruguai. Agora será a vez do Brasil”, disse.

Também haverá alterações na tabela nutricional que fica na parte de trás das embalagens, como detalha Talita Antoni, gerente-geral de Alimentos da Anvisa. “Estão sendo incluídos na lista de novos nutrientes de declaração obrigatória os açúcares adicionados. Além disso a declaração das quantidades na tabela de informação nutricional deve ser padronizada: 100 gramas para sólidos ou semissólidos e 100 mililitros para líquidos”, explica.

A tabela vai ter fundo branco, independentemente da cor da embalagem, com letras pretas, para deixar as informações mais legíveis.

Publicidade

Para a nutricionista Barbara Ferreira, um consumidor bem informado é capaz de fazer escolhas mais responsáveis. Ela relata sobre riscos que um alimento sem a rotulagem completa pode trazer para quem o consome.

“Uns dos riscos é o consumo de alimento com o prazo de validade já expirado. Outra questão são pessoas com alergias a glúten ou intolerante à lactose, pois elas precisam estar muito atentas com a rotulagem pra identificar a presença desses produtos nos alimentos que elas estão consumindo”, esclarece.

A Resolução da Anvisa entra em vigor 24 meses depois da publicação. Assim, os novos rótulos só estarão no mercado daqui a dois anos. No caso de alimentos produzidos por agricultor familiar, o prazo para adequação aos novos padrões será de três anos.

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) criticou a resolução aprovada. O instituto defendia um triângulo no lugar da lupa. Segundo o Idec, a legibilidade do novo modelo fica comprometida com uso de tipografia em letras muito pequenas, e diminuição do espaço ocupado pelo rótulo na face frontal das embalagens.

O Idec afirma ainda que a agência aprovou um perfil que deixará muitos alimentos e bebidas, que deveriam ser rotulados por conta da sua composição nutricional inadequada, sem rótulo frontal. É o caso dos biscoitos recheados de chocolate, por exemplo, que não apresentarão no rótulo a informação sobre a alta quantidade de gordura saturada, mas somente o alerta “alto açúcar adicionado”, devido à exclusão do limite mais rigoroso do perfil de nutrientes.

Sair da versão mobile