O turismo cearense perdeu mais de 1.100 empresas de março até agosto deste ano, conforme a Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC). No Brasil, durante os primeiros seis meses de pandemia, foram fechados mais de 50 mil estabelecimentos ligados ao setor.
Conforme o levantamento da CNC, os estados que mais fecharam empresas do setor de turismo foram São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, respectivamente. Segundo a entidade, o Ceará aparece na 11ª colocação no ranking.
O número nacional representa a extinção de 16,7% dos estabelecimentos turísticos do País, especialmente bares e restaurantes (com o fechamento de 39,5 mil pontos), hotéis, pousadas e similares (5,4 mil) e transporte rodoviário (1,7 mil).
Em números absolutos, em seis meses de pandemia foram fechados 481,3 mil empregos formais no setor ligado ao turismo. Antes do início da pandemia, o setor tinha 3,4 milhões de trabalhadores formais. Agora, o número de vagas no setor recuou 14%
A pandemia espantou turistas em todo o país. Além de pousadas e hotéis, a crise afetou agências de viagens e serviços de transporte. Os pequenos e médios comércios foram os que mais sentiram.
O efeito da pandemia no turismo do Ceará deve fechar de 30% a 40% das agências de viagens do estado, segundo o presidente da Associação das Agências de Viagens, Murilo Santa Cruz. “Algumas agências não retomarão suas atividades, o que é lamentável pois se aumenta a estatística de desemprego”.