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Entenda como funciona o sistema eleitoral dos Estados Unidos

 

No próximo dia 3 de novembro será conhecido o novo presidente dos Estados Unidos. De forma geral, a eleição norte-americana é bem semelhante a da brasileira: os eleitores vão às urnas e votam no candidato de sua escolha, de modo secreto. No entanto, há duas grandes diferenças entre a eleição dos EUA e a do Brasil e o GC8 contará para você.

A primeira diferença está na modalidade do voto, que, nos Estados Unidos, é facultativo. Ou seja: no dia das eleições, o cidadão pode ir ou não ir às urnas, sem com isso ter qualquer prejuízo ou precisar apresentar qualquer justificativa. Isso também implica um tipo diferente de campanha, na qual os candidatos precisam convencer os eleitores pouco mobilizados a participar das eleições.

A segunda diferença reside no somatório dos votos. Ao contrário do Brasil – onde vence quem tem a maioria dos votos individuais – nos Estados Unidos o voto do eleitor não é creditado diretamente ao seu candidato. Os votos dos eleitores valem pelo Estado, assim servem para eleger delegados no Colégio Eleitoral. São estes que representarão os eleitores de sua unidade federativa na escolha final do futuro presidente.

A Califórnia, por exemplo, estado mais populoso do país, com quase 40 milhões de habitantes, vale 55 votos. Já o Havaí, um estado pequeno, com menos de 2 milhões de pessoas, soma apenas 4 votos para o candidato vencedor. Por isso os candidatos lutam tanto para se dar bem em estados como Califórnia, Flórida e Texas, por exemplo, que, juntos, têm 133 delegados – quase 25% do total.

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Os delegados de cada Estado são proporcional pelo tamanho de sua população. O sistema, assim, permite que, no final das eleições, Y obtenha mais votos totais que X e, mesmo assim, acabe derrotado por ter perdido a disputa nos Estados mais populosos.

Somando todos os 50 estados dos EUA (mais o distrito de Columbia), existem 538 delegados em disputa, e se torna presidente o candidato que assegurar o voto de pelo menos 270 deles.

Em 2016, por exemplo, Hillary Clinton teve mais votos diretos, mas quem venceu a eleição foi Donald Trump por ter conseguido os 270 votos necessários do Colégio Eleitoral.

Em geral, existem estados que são tradicionalmente republicanos (partido de Trump), e outros democratas (partido de Joe Biden) mas a briga de verdade acontece naqueles conhecidos como “swing states”, onde não há tanta fidelidade partidária e os resultados variam de acordo com cada eleição. Carolina do Norte, Ohio, Pensilvânia e mesmo a Flórida estão entre eles e podem ser decisivos. 

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