O Brasil tem apresentado importantes avanços no combate ao câncer de pulmão, entretanto, a doença continua sendo uma das principais causas de morte no país. O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma). Aproximadamente 90% dos pacientes diagnosticados com a doença são ou já foram tabagistas.
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), esse tipo de câmcer é o primeiro em todo o mundo desde 1985, tanto em incidência quanto em mortalidade. Cerca de 13% de todos os casos novos de câncer são de pulmão. No Brasil, a doença foi responsável por 26.498 mortes em 2015. No fim do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte que podem ser evitadas.
Na tentativa de reverter este quadro, o penúltimo mês do ano ganhou uma campanha especial para alertar a população sobre a doença e seus fatores de risco: o Novembro Branco.
Segundo Carlos Gil Ferreira, oncologista torácico esse tipo de campanha é importante porque essa doença é silenciosa e, portanto, acaba por ser descoberta em estágios avançados, o que dificulta o tratamento. “A maioria (80%) dos pacientes diagnosticados com a doença é ou já foi fumante. Por isso, quem é tabagista precisa fazer uma tomografia anual para controle”, diz o médico.
Os sintomas mais comuns e que devem ser investigados são tosse e rouquidão persistentes, dificuldade de respirar, dor no peito, fraqueza e perda de peso sem causa aparente.
Segundo o oncologista, um dado que tem chamado a atenção é o crescimento de ocorrências de câncer de pulmão em não fumantes, jovens e, principalmente, em mulheres. “Ainda não se sabe exatamente o porquê desse aumento, talvez seja algo ligado ao cromossomo X. Portanto, mulheres com sintomas respiratórios persistentes devem procurar avaliação de um pneumologista ou clínico geral”, afirma Carlos Gil.