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Pessoas físicas buscam fazer investimentos em outras opções além da poupança

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23 de outubro de 2020
Ninho Digital

Com mais de três milhões de investidores pessoas físicas, a B3, bolsa de valores brasileira, especialistas apontam uma mudança na forma de investir no mercado financeiro do país. Se um dia, a poupança era a preferida, aos poucos, a situação se transforma.

“Esse número é o resultado, em primeira instância, da questão do cenário macroeconômico; então, a questão da taxa de juros em um dígito, os contratos futuros apontando a manutenção dessa taxa de juros em um dígito, têm feito as pessoas que têm recursos em poupança a sair da zona de conforto, eles não têm mais aqueles rendimentos garantidos que tinham no passado, esse é um movimento constante”, explica Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes Brasil da B3.

Segundo Paiva, os brasileiros percebem que outros investimentos podem trazer melhores retornos. “O resultado de 1 milhão é muito positivo nesse sentido, de que está havendo uma mudança comportamental no país em relação a comprar investimentos”, comenta.

Conhecimento

A pesquisa “Ecossistema do Investidor Brasileiro”, realizada com mil pessoas pela B3, aponta ser necessário aumentar o conhecimento dos novos investidores sobre aplicações. Boa parte deles acreditava ser importante dispor de grandes quantias. “Assim, é possível entender que começar a investir com pouco, diversificar logo no início e aplicar além da poupança são pontos imprescindíveis para a jornada do investidor”, diz a bolsa brasileira.

Especialistas alertam para o comportamento emocional de novos investidores. Parte deles prefere investir em marcas conhecidas pelo grande público, na busca pela sensação de pertencimento. A relação também se estende ao consumo. Ou seja, quem investe vai preferir fazer compras no negócio em que é sócio. A impulsividade também é outro comportamento frequente. Em vez de focar em empresas consolidadas, as pessoas físicas optam por empreendimentos com maior potencial de valorização, esperando retornos mais rápidos. Ambos são atribuídos pela falta de experiência no mercado financeiro, ocasionando maior risco para quem pretende investir.

O estudo da B3 aponta que 51% dos entrevistados gostaria de contar com algum especialista em investimentos para apoiar suas decisões. Paiva afirma que o resultado do levantamento mostra que o brasileiro muda, aos poucos, sua forma de pensar sobre o assunto. Para o diretor de Relacionamento, é o momento ideal para desmistificar crenças sobre a bolsa.

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