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Quer colocar silicone? Tire todas as suas dúvidas sobre o procedimento

Em um ano, Brasil registra 25 mil retiradas de próteses de silicone

Foto: Pexels

De acordo com o último Censo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), em 2018, houve um aumento de quase 20% no número de cirurgias para aumento das mamas, em comparação ao ano de 2017. E mesmo que o implante de silicone tenha se tornado uma prática cada vez maior e mais natural entre as mulheres, ainda há dúvidas e mitos sobre a cirurgia.

Conforme o cirurgião plástico Luís Felipe Maatz, que atua no Hospital das Clínicas, em São Paulo, esclarece que o implante de silicone não interfere na realização dos exames para detecção do câncer de mama. Segundo ele, pode-se fazer normalmente a mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética.

Luís esclarece que existe o perigo da prótese vazar. “Há sim o risco de rompimento da prótese. Estudos atuais indicam taxas variáveis entre 1 e 5% ao longo de 10 anos. O fenômeno de vazamento (bleeding) tem diminuído muito ao longo dos anos. Atualmente, é mais raro, devido à melhoria constante da qualidade das próteses”, garante.

Outra dúvida muito comum entre as mulheres é sobre a amamentação. Segundo Luís Martins, a prótese de silicone não impede que as mães amamentem seus bebês. “Se a prótese for colocada via inframamária (incisão embaixo das mamas) ou pela via axilar, não há cortes na glândula nem nos ductos mamários. Assim, não há prejuízo na amamentação”.

O tamanho da prótese depende muito da vontade da paciente, mas o ideal é que esteja de acordo com o biotipo da mulher. “Sempre tem que se levar em conta o desejo da pessoa, mas também medidas e forma inicial das mamas, medidas de altura e largura da caixa torácica, entre outros. Somente após uma consulta com um cirurgião plástico é que podemos definir o volume que deverá ser utilizado na cirurgia”.

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Vale ressaltar que o processo de recuperação em uma pós-cirurgia desse tipo é relativamente curto, mas exige cuidados. Durante a primeira semana, há necessidade maior de repouso. Nos primeiros dias é ideal que a paciente evite levantar muito os braços e peça ajuda para lavar os cabelos. 

Havendo uma boa evolução, eventos sociais, como um jantar, encontro de amigos ou um passeio curto, já estarão liberados. Em cerca de três semanas, a paciente já retomou grande parte de suas atividades habituais, incluindo exercícios físicos moderados.

“Vale lembrar que o ideal é sempre procurar um especialista confiável e que tenha boas recomendações”, alerta o Dr. Luís Felipe Maatz.

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