Doação de Órgãos

Com pandemia, doações de órgãos caem 40% no Brasil

Um dos principais motivos para a queda está ligado ao fato de que as vítimas da Covid-19 não podem ter seus órgãos oferecidos a um novo receptor

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27 de outubro de 2020
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Neste ano, a pandemia do novo coronavírus fez com que as doações de órgãos no país caíssem 40% em comparação ao ano passado. Entre janeiro e julho deste ano, foram feitos 9.951 procedimentos deste tipo. No mesmo período em 2019, o número foi de 15.827. Até 31 de julho, havia 46.181 pacientes aguardando por um transplante.

Com pandemia, doações de órgãos caem 40% no Brasil

Neste contexto, o Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Doação de Órgãos 2020. O tema da edição deste ano é “Doe órgãos, a vida precisa continuar”.

Referência mundial em doação de órgãos e tecidos, o Brasil conta com o maior sistema público de transplantes do mundo e em números absolutos é também o segundo que mais transplanta no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Apesar disso, no atual momento, enfrenta o desafio de estimular esse ato de solidariedade como uma estratégia de superar os danos da pandemia. 

Um dos principais motivos para a queda está ligado ao fato de que as vítimas da Covid-19 não podem ter seus órgãos oferecidos a um novo receptor por conta do risco de contaminação da doença. Além disso, com o avanço do número de infectados, os leitos destinados ao isolamento dos pacientes também sofreu significativa diminuição. 

Como ser um doador?

Existem dois tipos de doador: o doador vivo e o falecido. O primeiro pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. Ele pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só com autorização judicial. 

Já os doadores falecidos são pacientes com morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral). No caso de doadores falecidos é necessário que a família autorize a doação.

Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), segundo informações do Ministério da Saúde. 

 

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