O Ceará, por ser um estado com o clima tipicamente seco, costuma registrar baixos níveis de umidade relativa do ar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a umidade relativa do ar da seguinte forma: Estado de Observação (de 40% a 31); Estado de Atenção (de 30% a 21%) e o Estado de Alerta quando varia de 20% a 12%.
Quanto maior a temperatura, menor é a umidade, como explica o meteorologista Raul Fritz. “Quando a gente tem uma atmosfera muito úmida, com grande quantidade de vapor d’água, ela se aproxima dos 100% de saturação desse vapor. E, ao contrário, quando ela está muito baixo é porque o ar está muito seco”, explica.
Para ser mais exato, a umidade relativa do ar é a relação entre a quantidade de água existente no ar (umidade absoluta) e a quantidade máxima que poderia haver na mesma temperatura (ponto de saturação). Ela é um dos indicadores usados na meteorologia para se saber como o tempo se comportará (fazer previsões).
Essa umidade presente no ar é decorrente de uma das fases do ciclo hidrológico, o processo de evaporação da água. O vapor de água sobe para a atmosfera e se acumula em forma de nuvens, mas uma parte passa a compor o ar que circula na atmosfera.
Os fenômenos podem ser diferentes no interior do estado e na faixa litorânea, como aponta Raul Fritz. “Quanto mais dentro do interior do estado a tendência é encontrarmos massa de ar mais secas. Na faixa litorânea a mais umidade do ar é maior por conta da proximidade com o mar e também pela fácil formação de ventos”.
Essas condições podem causar impacto na saúde das pessoas e, por isso, a OMS recomenda reduzir a exposição ao sol quando a umidade relativa do ar estiver em menos de 30%.
Para diminuir os danos causados com a baixa umidade relativa do ar na saúde é recomendado o aumento da hidratação ingerindo mais água, suco natural e água de coco. “Com o tempo seco, a pele, a boca e os olhos ficam ressacados. É normal até sentir incômodo no nariz também, por isso beber muito líquido é importante”, diz médico clínico geral, Alfredo Salim.
Veja dicas para sofrer menos com a baixa umidade relativa do ar:
Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 10 e 16 horas;
Umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins etc;
Sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol;
Consumir água à vontade;
Evitar aglomerações em ambientes fechados;
Usar soro fisiológico para olhos e narinas.