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AVC é uma das principais causas de mortes no Brasil

Foto: Reprodução

O Acidente Vascular Cerebral, ou AVC, como é mais conhecido, é uma das principais causas de mortes e sequelas no Brasil. No Hospital Geral de Fortaleza (HGF), o maior hospital público  do estado do Ceará, cerca de 2 mil pacientes dão entrada nesta unidade de saúde por ano.

A identificação precoce dos sintomas é determinante para evitar danos ao cérebro. De acordo com o chefe da unidade de AVC do HGF, Fabrício Oliveira, se a pessoa quando for sorrir, ficar com a boca torta, quando for dar um abraço, não conseguir levantar os braços ou não conseguir pronunciar uma mensagem correta, pode levar para um atendimento médico, pois isso pode ser sintoma de um AVC.

O maior problema é que quando alguém está com um desses sintomas como tontura, dor de cabeça forte, muitas vezes acaba fazendo algo que é muito comum entre os brasileiros: a automedicação. Difícil encontrar alguém que nunca tenha entrado em uma farmácia para comprar um “remedinho”, para dor de cabeça.

Foto: Divulgação/ Governo do Ceará

Segundo médicos, essa automedicação pode camuflar os sintomas e piorar a situação do paciente. “ A automedicação vai retardar o tempo no atendimento, como pode agravar o AVC”, afirma Fabrício Oliveira.

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Também é importante entender que quando ocorre um AVC, o paciente precisa ser rapidamente socorrido para reverter os danos causados ao cérebro. “Se o atendimento a um paciente com AVC é feito nas primeiras três horas e, mais importante ainda, nos primeiros 90 minutos, as chances de sequelas importantes diminuem bastante”, afirma o chefe da Unidade de AVC do HGF, Fabrício Oliveira.

O assunto AVC voltou a ganhar destaque depois da morte do ator Tom Veiga, por causa de um aneurisma cerebral. Assim como ele, muita gente sofre com o mesmo problema. O aneurisma surge pelo enfraquecimento ou por um defeito na parede arterial do cérebro. O problema pode ser de nascença, adquirido ou por alguma predisposição.

De acordo com o médico neurointervencionista, Francisco Mont’Alverne, uma das causas da ruptura do vaso é o aneurisma cerebral. “A artéria vai esgarçando até que um momento ela rompe. Em decorrência disso o paciente tem dor de cabeça, como o principal sintoma, mas não é uma dor de cabeça banal e que atinge a maior intensidade em minutos”, explica o médico. 

Foto: Divulgação/ Governo do Ceará

Encontrar o problema o mais cedo possível é essencial, quase que em todos os casos o tratamento precisa ser cirúrgico. “Cerca de 70% dos paciente que têm uma hemorragia decorrente da ruptura de um aneurisma cerebral, ou vão a óbito ou tem grave sequela. O tratamento ou é com cirurgia ou faz um procedimento por cateterismo”, afirma Francisco Mont’Alverne. De acordo com a Sociedade Brasileira de Neurointervenção, um em cada quatro pessoas, um dia terá problemas com o aneurisma cerebral. Muitos casos são assintomáticos, por isso que procurar atendimento médico de rotina é tão importante.

Para evitar o AVC, a médica geriatra Andréa Gondim, alerta para a importância da prevenção. “É importante as pessoas buscarem hábitos de vida saudáveis como, ter uma alimentação balanceada, fazer exercícios físicos regularmente, evitar a ingestão de álcool e não fumar. Essas medidas estão entre as que, comprovadamente, reduzem as chances de alguém ter um acidente vascular cerebral”, orienta.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o AVC é a segunda causa de morte no mundo e a primeira causa de incapacidade. A enfermidade pode acometer qualquer pessoa, de qualquer idade, afetando a todos: pacientes, familiares e amigos. A prevenção pode evitar 90% dos casos e o reconhecimento dos sinais de alerta da doença e o rápido tratamento de urgência em um centro de AVC diminui a chance de sequelas. 

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