A bichectomia – procedimento de remoção da bola de Bichat ou corpo adiposo da bochecha – tem ganhado cada vez mais adeptos e despertado a curiosidade do público. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), em 2014, foram realizadas cerca de dez bichectomias por mês. No ano seguinte, esse número triplicou e, neste ano, já são realizadas mensalmente mais de 40 cirurgias do tipo pelo país.
“Ela é indicada para diminuir a proeminência da bochecha, melhorando o formato arredondado do rosto, realçando a região malar (maçã do rosto) e resultando em uma face mais magra e harmoniosa”, afima o cirurgião plástico Dr. Luís Felipe Maatz.
Conforme o médico, a cirurgia deve ser realizada em hospital ou clínica com estrutura adequada, e requer sedação e anestesia local.
“Apesar de ser considerada uma técnica relativamente simples, a bichectomia é uma cirurgia delicada, pois a bola de Bichat fica localizada muito próxima a estruturas nobres da face: artérias, nervos e ducto salivar. Se o procedimento for realizado por mãos experientes, de preferência, por um cirurgião plástico de confiança, as complicações são raras. Se houver lesão de alguma dessas estruturas, será necessário um cirurgião plástico para a tentativa de reparação”, relata o especialista.
A recuperação costuma ser rápida. Em geral, o paciente recebe alta no mesmo dia da cirurgia. O inchaço local dura cerca de uma semana, e é mais intenso nos três primeiros dias. O afastamento do trabalho é de 2 a 3 dias, desde que o inchaço não atrapalhe a rotina do paciente.
Nesse curto período inicial é necessário repouso relativo, alimentação mais pastosa e menos quente. Compressas frias no rosto ajudam a diminuir o inchaço. Os resultados começam a se tornar visíveis após os primeiros sete dias. Mas, só quando desinchar de vez, será possível ver o resultado definitivo, e isso pode levar algumas semanas.