Entre os homens, 92% têm medo que sua filha, mãe, esposa ou namorada sejam vítimas do crime
Violência: 95% das brasileiras temem ser estupradas
Interromper a gravidez resultado de estupro é aprovado por 82% dos brasileiros, segundo pesquisa divulgada pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva. O estudo também mostra que 88% acreditam que os municípios deveriam ter um serviço de aborto previsto na legislação.

Entre as mulheres, 95% revelaram ter medo cotidiano de serem estupradas, sendo que 78% afirmaram ter muito medo. Entre os homens, 92% têm medo que sua filha, mãe, esposa ou namorada sejam vítimas do crime.
“A maioria conhece uma mulher ou menina que foi vítima e é unânime a percepção de que as brasileiras temem que isso ocorra com elas. As consequências de um estupro na vida da vítima, sejam psicológicas, físicas ou uma gravidez indesejada, também são bastante reconhecidas. Mas a pesquisa mostra que o acolhimento do Estado às mulheres e meninas vítimas, seja nas delegacias ou no sistema de saúde, pode ser mais qualificado”, disse Maíra Saruê Machado, diretora de pesquisa do Instituto Locomotiva.
+ Opinião: Parem de nos matar
Denunciar
A pesquisa aponta que 91% das mulheres acham que contariam para alguém se fossem vítimas de estupro e 68% contariam com certeza. Os motivos relatados que impediriam a comunicação do crime são a vergonha, o constrangimento e o medo da exposição. Na amostra, 92% das mulheres dizem que denunciariam se fossem vítimas, porém 53% dos entrevistados disseram que as vítimas não costumam denunciar.
Apenas 29% acham que a polícia está muito preparada para atender vítimas de estupro e 93% concordam que toda vítima de estupro que procurar a delegacia ou um serviço de saúde deve ser informada sobre as formas para evitar doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada. Dos que conhecem uma vítima, 17% relataram que ela engravidou e em 42% desses casos a gestação foi interrompida.
O levantamento foi feito de forma online entre os dias 1º e 14 de setembro e registrou a opinião de 2 mil homens e mulheres, com 16 anos ou mais de idade, em todo o Brasil.

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