Ministro Luiz Roberto Barroso afirmou que houve ataque hacker, mas descartou que o grupo feriu a segurança do processo de votação
Falha em processador causou lentidão na divulgação dos votos
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se pronunciou sobre a demora na contagem dos votos no 1º turno das eleições municipais de 2020. O presidente do TSE, ministro Luiz Roberto Barroso, informou que a demora ocorreu por problemas técnicos, mas afastou a possibilidade de um ataque hacker.
Barroso disse que o problema aconteceu em um dos núcleos de processadores do supercomputador que faz a totalização dos votos. Ainda assim, Barroso reconheceu a tentativa de invasão, mas garantiu a falha do grupo de hackers sem prejuízos ao processo.
“Foi um acesso múltiplo de várias origens, inclusive o Brasil, Estados Unidos e Nova Zelândia. Esse tipo de ataque se chama ataque distribuído de negação de serviços, que consistem em uma tentativa massiva de grande número de acessos para derrubar o sistema. Não derrubou o sistema e portanto foi inteiramente inócuo”.
O magistrado comentou ainda sobre o vazamento de dados de servidores. Segundo ele estima-se que o tribunal tenha sofrido outro ataque em 23 de outubro, onde os criminosos tiveram acesso a dados de eleições passadas, mas garantiu que a situação não ofereceu risco para o processo eleitoral realizado neste domingo (15).
O ministro também comentou os problemas no e-Título. O aplicativo utilizado para justificar a falta nas eleições ficou instável durante grande parte do dia e a orientação dada ao eleitor era para sair da plataforma por uns instantes e depois retornar.
Segundo Barroso mais de 3 milhões de brasileiros baixaram o aplicativo, o que causou congestionamento no tráfego de informação.
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