Violência

Ceará não tem assaltantes especializados em motoristas de aplicativo, assegura secretário de Segurança

Sandro Caron, titular da pasta, destacou trabalho das polícias cearenses para reduzir crimes contra profissionais da categoria

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23 de novembro de 2020
Ninho Digital

Internado em estado grave no Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza, o motorista de aplicativo Wilker Assunção de Sousa teve 90% do corpo queimado durante um assalto em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza. O crime, com requintes de crueldade, aconteceu no fim de semana. Na segunda-feira (23), o secretário de Segurança do Ceará, Sandro Caron, afirmou que o caso é acompanhado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Em seguida, destacou o trabalho do Governo do Estado para combater crimes do tipo.

Ceará não tem assaltantes especializados em motoristas de aplicativo, assegura secretário de Segurança
Sandro Caron, titular da Secretaria de Segurança, falou sobre violência contra motoristas no Ceará

“Desde o dia 28 de outubro, a Polícia Militar iniciou uma operação chamada Operação Corrida Segura, em que são abordados, diariamente, táxis e veículos de aplicativo, justamente para que se tenha um caráter preventivo. Esses veículos são abordados e a documentação de motoristas e passageiros é examinada. Existindo alguma suspeita, é realizada uma busca”, detalhou.

Leia mais | Mortes violentas expõem insegurança dos motoristas de aplicativo

Wilker Assunção de Sousa | Foto: Arquivo pessoal

Ainda segundo o secretário, com base nos casos de violência registrados nos últimos meses contra a categoria, não existe “a figura do homicida, do assaltante, especializado em assaltar motoristas de aplicativo”.

Romário Fernandes, um dos diretores da Associação de Motoristas de Aplicativo do Ceará (Amap-CE), detalhou como funciona a fiscalização. “Todos os motoristas de aplicativo são abordados pela Polícia Militar e Guarda Municipal. Você vai ter que passar a identificação para os policiais e o destino final da viagem, para que todos os destinos sejam mapeados”.

Na situação recente, Wilker atuava como motorista de aplicativo no momento da abordagem, mas também era um militar no Exército. Dentro do veículo, os suspeitos encontraram um documento que comprovava a relação. Assim, além do assalto, o grupo esfaqueou e decidiu incendiar o corpo da vítima. O homem foi socorrido pela comunidade e o carro foi encontrado pouco tempo depois.

Problema antigo

A Operação Corrida Segura foi desencadeada após a morte de Alexandre Hadlich Fernandes (32), em agosto deste ano. Após o homicídio do motorista, o então secretário de Segurança, André Costa, se reuniu com representantes da categoria para traçar como a tecnologia poderia ser usada para reduzir os crimes.

“Só conseguiremos dar uma solução a esse problema com um modelo de resposta correto e ágil, não chegando só depois que tudo acontece, mas chegado até mesmo antes que o problema venha ocorrer com os motoristas, se houver essa integração. Vamos trabalhar essa integração no prazo mais curto possível. Não tenho dúvida nenhuma que nós vamos avançar, melhorar e proporcionar, como vocês merecem, mais segurança para motoristas e seus passageiros”, disse, na ocasião.

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