Pasta diz que não há quantidade disponível para todos e que esquema deve seguir lógica da vacinação da gripe, voltada a grupos específicos
Vacina contra Covid-19 não deverá ser oferecida para toda a população, diz Ministério da Saúde
A ordem de vacinação contra a covid-19 dependerá da disponibilidade de doses a partir do tratamento que será adquirido e disponibilizado pelo governo no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A afirmação foi feita hoje (27) por representantes do Ministério da Saúde em entrevista coletiva na sede do órgão.
“A sequência de vacinação vai depender da disponibilização em escala da vacina para o país”, declarou o secretário executivo da pasta, Élcio Franco. A “escala” envolve a quantidade de doses e o cronograma de aquisição e consequente disponibilização destas.
Franco acrescentou que a definição dos públicos prioritários será feita pelo governo a partir de dois tipos de informações. O primeiro envolve aqueles segmentos com maiores riscos de evoluir para um quadro grave, os chamados grupos de risco. Neste universo estão pessoas idosas e com comorbidades.
O segundo tipo de informação diz respeito à própria vacina que será utilizada. “Por outro lado o aspecto farmacológico com a bula da vacina. Iremos identificar os públicos para os quais ela oferecerá segurança e eficácia. Fazendo a confrontação dos dados, iremos definir os públicos prioritários para vacina”, pontuou o secretário executivo.
Testes
Os representantes do Ministério da Saúde falaram sobre o envio de testes. Até o momento, a pasta distribuiu 8,68 milhões de testes a estados e municípios, tendo sido executados 5,6 milhões na rede pública. Com 4,37 milhões na rede privada, o total de exames realizados chega a 10 milhões de testes no Brasil.
Nesta semana, segundo reportagens na imprensa, o Ministério possui mais de seis milhões de testes estocados em um depósito no estado de São Paulo próximos do fim do prazo de validade.
A pasta declarou que estuda a possibilidade de extensão da validade dos medicamentos em diálogo com o fabricante, a empresa Seegene, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essa possibilidade dependerá de uma avaliação da Anvisa.
O técnico da Coordenação-geral de Laboratórios de Saúde Pública do Ministério, Alexander Vargas, sublinhou na entrevista coletiva que a Seegene já teria entrado com o pedido para que a Agência possa analisar.
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Entregas
Na entrevista coletiva, a equipe do Ministério também atualizou dados de ações, investimentos e entregas de combate à pandemia. Foram habilitados 16.073 leitos de UTI e 1.529 de suporte ventilatório (utilizado antes do paciente ir para a UTI).
Foram destinados 301,5 milhões de equipamentos de proteção individual (EPIs), como toucas, máscaras, sapatilhas, luvas e kits de higienização com álcool em gel.
A pasta aplicou R$ 2,5 bilhões em outras ações como o programa Saúde na Hora Emergencial, Centros de Atendimento à Saúde e Centros Comunitários para Enfrentamento à Covid-19, além da contratação adicional de profissionais pelo Mais Médicos Brasil.
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