A Polícia Civil de Santa Catarina localizou, nesta quarta-feira (2), um galpão utilizado pelo grupo criminoso que atacou uma agência bancária de Criciúma com o uso de explosivos e armamento pesado, ação que levou pânico à população local no início da semana. Cerca de 30 suspeitos estão foragidos.
Segundo a investigação, o imóvel, situado na cidade vizinha de Içara, distante 11,7 km de Criciúma, havia sido alugado há cerca de um mês e teria servido de esconderijo para os assaltantes. O proprietário informou à polícia que o aluguel tinha sido pago com antecedência e que a negociação foi realizada por celular. Mas o perfil do interessado, que dizia ser de Joinville, não possuía foto.
No interior do galpão também havia vestígios de tinta preta. Todos os carros do crime foram pintados para camuflagem. Equipes da polícia também voltaram ao milharam onde os veículos usados no crime foram abandonados, em Nova Veneza. Nove dos dez carros eram blindados e alguns deles foram roubados em São Paulo.
A polícia catarinense também investiga se há ligação entre o assalto de Criciúma com roubos a bancos que ocorreram neste ano em Ourinhos e Botucatu, no interior paulista.
“Esses grupos que atuam com roubos a bancos têm um perfil específico, né? Indivíduos se especializam nisso, tem uma longa carreira no ramo”, avaliou o delegado Luis Felipe Fuentes, diretor da Deic-SC (Diretoria Estadual de Investigações Criminais de Santa Catarina).
Também nesta quarta-feira, a mulher do suspeito, uma auxiliar de limpeza de 31 anos, foi detida por policiais civis por suspeita de envolvimento com a quadrilha. No entanto, o homem continuava foragido até o fechamento desta reportagem.
O delegado Luis Felipe Fuentes confirmou o recebimento da informação desta prisão, mas não a participação da mulher ou do seu companheiro no ataque. “Isso vai depender do andamento das investigações”, disse.