O Governo do Ceará lançou nesta quinta-feira (3) o Programa de Assistência à Saúde das Pessoas com Deficiência, na data em que é marcada pela luta mundial da categoria. Como parte do Programa de Modernização da Saúde, a iniciativa vai promover junto ao público-alvo cadastro, censo, formação profissional e implantação de oficinas-escolas em órteses e próteses.
Segundo o governador Camilo Santana, o programa vai possibilitar a inserção e integração das pessoas com deficiência nas políticas públicas, especialmente na saúde. Segundo ele, a iniciativa deve atingir, principalmente, as pessoas que moram no Interior e se deslocam para a Capital.
“A lógica hoje é a descentralização para que as pessoas possam ter os serviços prestados na sua região. Vamos poder planejar para as pessoas receberem a sua assistência, seja a órtese, prótese, cadeira de rodas, medicamento, na sua região”, detalhou Camilo Santana.
Além de aproximar o serviço de saúde do público-alvo, o projeto pretende viabilizar também um ganho econômico para as pessoas com deficiência. A intenção é criar uma economia no entorno da área da saúde no Interior com as próteses, a recuperação, manutenção e capacitar as pessoas com deficiência para fazer esse trabalho na própria região.
O programa vai mapear o quantitativo de pessoas com deficiência no Estado através de um cadastro e promover um censo para obter informações detalhadas sobre o universo da pessoa com deficiência no Ceará. O Estado ainda vai capacitar cearenses para a elaboração, adaptação e manutenção de órteses e próteses com a implantação de oficinas-escolas.
Adesão
O secretário da Saúde, Dr. Cabeto alertou para a necessidade das pessoas aderirem aos chamamentos, para que o programa funcione com eficiência.
“É importante que todas as pessoas com deficiência preencham o censo digital para que nós conheçamos a realidade daqueles que precisam usar dessas ações estaduais descentralizadas. Vai acontecer uma série de ações inclusivas, como oficinas descentralizadas, ações de formação e de distribuição de medicamentos e desses itens”, disse o gestor.
Para Marcos Gadelha, secretário executivo de Política em Saúde do Ceará, com as informações no banco de dados o Estado vai ter condições de dar prioridade aos casos de acordo com a realidade individual.
“Nós vamos qualificar essa informação, conhecer melhor as necessidades dessas pessoas com deficiência. Isso vai definir as pessoas que vão precisar ser atendidas de forma mais urgente”, afirmou.
As pessoas vão poder se cadastrar através da plataforma Saúde Digital. O processo de regionalização será realizado nas 22 áreas descentralizadas da saúde.