Nesta terça-feira (29) o Governo Federal realizou um pregão eletrônico para adquirir seringas e agulhas para a vacinação contra covid-19. Porém, das 331 milhões necessárias, o Ministério da Saúde conseguiu comprar apenas 7,9 milhões, o que dá cerca de 2,4% do total necessário. O motivo foi a falta de oferta.

Desde julho a Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios) alertava ao Governo Federal sobre a necessidade de antecipar a compra das vacinas. No pregão desta terça-feira, o ministério buscou quatro tipos diferentes de agulhas e seringas, mas só um teve propostas válidas.

Um novo certame deve ser realizado, ainda sem data definida.

Geralmente, seringas e agulhas costumam ser compradas pelos Estados. Porém, por conta da pandemia, o Ministério da Saúde optou por centralizar a compra e distribuição destes insumos.

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Também nesta terça-feira, o ministério deu uma expectativa de quando deve começar a vacinar a população. Em uma situação mais favorável, a campanha começa já no dia 20 de janeiro. Caso o Brasil enfrente problemas com os imunizantes, ela deve começar até, no máximo, 10 de fevereiro.

“Isso [a vacinação no dia 20 de janeiro] vai depender de uma série de fatores, inclusive de logística, e dos laboratórios estarem em dia com o seu processo de submissão contínua e do processo de registro com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não depende de nós, depende do laboratório cumprir com a sua parte”, declarou.

No Ceará

O Governo do Ceará divulgou, no dia 18 de dezembro, que mais de 6 milhões de seringas e agulhas devem chegar ao Estado já na primeira metade de janeiro de 2021. Além disso, parte das câmaras refrigeradas devem estar disponíveis neste período. Atualmente, há 2 milhões de seringas e agulhas em estoque da Secretaria de Saúde.

O Governo vem se preparando para a vacinação há alguns meses. Em outubro, foi divulgada a compra de 147 câmaras refrigeradas para conservarem o material nos municípios cearenses.

Segundo a secretária-executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria da Saúde (Sesa), Magda Almeida, mais de 17 milhões de seringas e agulhas devem ser adquiridas para a campanha de vacinação contra covid-19.