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Impostômetro sofre 1ª queda anual da história: R$ 447 bi a menos em 2020

Pela primeira vez desde que foi criado, em 2005, o impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou uma queda anual na arrecadação de tributos no Brasil. A estimativa é que o ano de 2020 se encerre com um valor total de impostos 17,85% inferior ao de 2019.

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Isso significa que o brasileiro pagou, em 2020, cerca de R$ 447 bilhões a menos em tributos do que no ano anterior. O valor final em 2019 foi de R$ 2,5 trilhões. Na última terça-feira (29) o indicador mostrava mais de R$ 2 trilhões pagos. O impostômetro mede o total adquirido nos impostos municipais, estaduais e federais do Brasil.

Segundo a ACSP, em outras crises recentes no Brasil, o valor anual cresceu ao invés de reduzir, por conta da inflação. Mas em 2020, acredita-se que o impacto na arrecadação seja por conta do impacto da pandemia de coronavírus nas atividades de trabalho.

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A previsão, porém, é que em 2021 o Estado volte a ter uma arrecadação crescente. Isso porque as atividades comerciais, especialmente o varejo e os serviços, não devem passar por restrições tão fortes quanto enfrentaram em 2020. Além disso, segundo a Associação Comercial de São Paulo, no meio deste ano o Poder Público conseguiu tomar medidas para arrecadar mais dinheiro.

Dias trabalhados

Outro dado interessante mostrado pelo Impostômetro é que a quantidade de dias que o brasileiro trabalhou para pagar impostos também diminuiu. Desde 2016 esse número, que estava sempre subindo, se estabeleceu em 153 dias. Agora, em 2020, o povo trabalhou 151 dias para pagar todos os tributos ao Estado, cerca de 5 meses do ano.

Os números do Impostômetro são atualizados no site oficial da Associação Comercial de São Paulo.

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