Conheça o relato de três cearenses sobreviventes da pandemia
2021: momento de virar a página e reescrever histórias
Waldir, Victor e Camila. Vidas opostas e destinos cruzados durante a pandemia de Covid-19, que já matou mais de 1.766.787 em todo planeta em 2020.

Waldir Fernandes, de 56 anos, é casado e pai de três filhos. Vítima da forma mais agressiva da Covid-19, sobreviveu para contar a própria história. Foram 63 dias de internação hospitalar, 50 deles na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), 80% dos pulmões comprometidos e 15 kg mais magro. Números impossíveis de apagar da memória.
O publicitário precisou reaprender a falar e a andar. A doença não tirou somente o olfato e paladar de Waldir. Deixou sequelas, marcas e traumas. Sem comorbidades, sem vícios e com excelente saúde, o publicitário é um sobrevivente da Covid-19. O caso dele é uma incógnita para a medicina e um milagre para a família.
“Por alguns momentos, acompanhando meu marido na UTI, passou sim na minha cabeça a possibilidade de perdê-lo para essa doença terrível. Eu também me contagiei com a doença, mas de uma forma mais branda. Levantei minha cabeça e me apeguei a fé. Nos unimos em oração e entreguei nas mãos de Deus”, relata Samara Fernandes, esposa do publicitário.
Waldir está em recuperação e ainda muito debilitado pelo longo período na UTI. Ele precisa de ajuda para se locomover, tomar banho e realizar atividades que antes pareciam simples, como comer sozinho. Após 20 dias da alta hospitalar, o sentimento é de gratidão por estar vivo.
“Só fiz um pedido pro médico, que ele me trouxesse de volta. Estamos mais unidos, deixamos as bobagens de lado, rezamos todos juntos, almoçamos e jantamos uma vez por dia”, desabafa Waldir Fernandes.
O médico Vitor Gurgel é um dos milhares de profissionais da saúde que permanecem na linha de frente no tratamento a pacientes com Covid-19. Em entrevista ao GCMAIS, ele lembra com extrema tristeza quando precisou fazer escolhas, como por exemplo, quem ele salvaria no auge da pandemia.
“Foi bem na época em que faltavam leitos e equipamentos respiratórios em várias unidades hospitalares espalhadas por todo o país. Precisei escolher quem viveria e quem morreria. Foi aí que repensei a profissão”, conta Vitor.
Diante da pressão, resultada pelos plantões intermináveis, o amor pelo jaleco sempre falou mais alto. “Ser médico é tudo pra mim. Uma caneta, um papel na mão e o conhecimento para ajudar o próximo”, afirma o médico.
Escute o podcast exclusivo:
Casada e mãe de um menino de dez anos, a jornalista Camila Lopes reservou R$ 15 mil reais da rescisão do último trabalho para investir no próprio negócio. Ela precisou se reinventar depois de ser demitida durante a pandemia. Camila e o marido compraram equipamentos e insumos para equipar a pequena empresa de venda de frios.
Focada no marketing e na boa comunicação do negócio, a jornalista precisou encontrar um diferencial para ingressar no segmento. “O nosso diferencial é o delivery. O consumidor não precisa se preocupar em sair de casa”, ressalta Camila Lopes.

Empreendedores tiveram que se adaptar no ano da pandemia | Foto: Reprodução / TV Cidade
Waldir, Vitor e Camila são personagens de uma história com final feliz. Sobreviver a uma doença desconhecida, lutar contra um vírus até então imbatível e se reinventar durante uma crise mundial, transformam esses brasileiros em boas histórias para se contar neste ano que se inicia e que todos nós pretendemos virar a página.
Leia também | Como o bom humor é terapia para pacientes que lutam contra doenças graves
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