O Ceará apresenta acúmulo hídrico de 25,8% nos 155 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), sendo o melhor resultado nos últimos sete anos. A porcentagem equivale a 4,80 bilhões de metros cúbicos. A última vez que o Estado teve um desempenho superior foi em 2014, quando o volume ficou em 31%.
Considerando os meses de janeiro no período, o acúmulo no começo do mês não atingiu 20%. Na década passada, o maior registro foi em 2012, quando o Estado atingiu 68% da capacidade hídrica.
Entre os reservatórios, apenas o Caldeirões, em Saboeiro, apresentou volume superior a 90%, alcançando 94,9% da capacidade. Outros 65 açudes estão com volume inferior a 30%. Entre eles, o Castanhão, maior reservatório do Ceará, que atingiu apenas 11,08% da capacidade.
Pré-Estação
Os meses de dezembro e janeiro marcam a Pré-Estação no Ceará. Como o próprio nome diz, ela antecede o principal período de chuvas no Estado, que vai de fevereiro a maio. Considerando seu histórico, ele tem suas características climáticas específicas.
De acordo com dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a média para o bimestre é de 130,3 milímetros, sendo 31,6 mm correspondentes às chuvas em dezembro e 98,7 mm, em janeiro. A qualidade das precipitações nesta época não têm relação com o resultado dos meses seguintes.
“As chuvas da Pré-Estação não influenciam as chuvas da estação chuvosa principal, pois, de modo geral, os sistemas meteorológicos atuantes em dezembro e janeiro são diferentes dos observados na quadra chuvosa”, comenta a gerente de Meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto.