Estudante cearense com formação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), Matheus Fontenelle se destaca em um mestrado na Universidade Libre de Bruxelles (ULB), na Bélgica.
No Brasil, Matheus foi bolsista no Laboratório de Entomologia da Uece, área da Biologia que estuda os insetos, onde despertou o seu interesse pelo comportamento social das formigas e outros animais. “As vivências e experiências que tive naquele laboratório carregarei comigo para sempre no meu percurso acadêmico e pessoal”, garante.
Com o fim da graduação na Uece em 2019, Matheus buscou o mestrado em “Biologie des Organismes et Ecologie”, em Bruxelas, onde uma das principais linhas do curso se encaixa com a pesquisa realizada no Brasil. E foi aprovado. “Esses ciclos são muito importantes na vida de um pesquisador e acredito que estou fazendo o possível com o que está ao meu alcance”, comemora o cearense.
Na Bélgica, Matheus se destaca por ter experiência com pesquisa, conhecimento adquirido na graduação. “Aqui na Bélgica na ULB, eu conto nos dedos os colegas do mestrado que já possuíram algum contato direto com a pesquisa, que tenham já em mente o que querem fazer como projeto de dissertação, etc”, conta.
Jean-Christophe de Biseau, professor do cearense na Universidade Libre de Bruxelles (ULB), o estudante conquista seu espaço na instituição. Por conta do seu conhecimento no gerenciamento de coleções de insetos, Matheus foi inserido em um programa para atuar no Museu de Zoologia e Antropologia da ULB. “Matheus será de grande ajuda como estudante contratado [via programa que permite remunerar alunos por meio de contratos temporários] em nosso museu de zoologia”), disse o docente.
Matheus Fontenelle finaliza, comemorando as experiências adquiridas na Bélgica. “Vou ter uma tremenda experiência como curador de uma importante coleção de insetos, acho que essa talvez seja uma das minhas principais conquistas no momento e, com certeza, da vida! Em alguns meses começarei a tocar o meu projeto de mestrado, mas em paralelo, o trabalho no museu vai seguir como um complemento na minha formação”.