Os Estados Unidos bateram um novo recorde de mortes diárias por covid-19, registrando pela primeira vez desde o começo da pandemia mais de 4 mil óbitos, segundo dados da universidade Johns Hopkins. Nas últimas 24 horas, os EUA tiveram 4.085 mortes e 274.703 novos casos.
Esse é o terceiro dia seguido que o país registra aumento recorde no número de óbitos. O número de casos segue subindo e já passa dos 21 milhões. Já o número total de mortes passa de 365 mil. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças estima que até o final do mês o país pode ter até 438 mil mortes.
Cenário pode piorar
Anthony S. Fauci, principal especialista em doenças infecciosas da América e próximo conselheiro do presidente eleito, Joe Biden, disse que o número diário de mortes seguirá aumentando nas próximas semanas, e recomendou paciência com o programa de vacinação que está sendo preparado em todo o país, afirma a imprensa local.
Em entrevista à emissora americana NPR, também citada pelo jornal The New York Times, Fauci disse que o elevado número de mortos provavelmente continuará e é um reflexo do aumento de viagens e reuniões durante a recente época de férias.
“Acreditamos que as coisas vão piorar à medida que entrarmos em janeiro”, disse, destacando que ainda é possível “mitigar essa aceleração”, aderindo estritamente a medidas de saúde pública, como distanciamento social e uso de máscaras.
Crise do sistema de saúde
Os EUA já estão distribuindo a vacina contra a covid-19 à população, apesar de críticas de que o sistema está demorando demais.
De acordo com o NYT, até agora, pelo menos 5,9 milhões de pessoas nos Estados Unidos receberam uma dose de uma das duas vacinas contra a Covid-19 que foram licenciadas para uso, de acordo com os Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos e da Prevenção de Doenças.
Esse número está bem abaixo da meta que as autoridades federais haviam estabelecido, já que planejavam inocular pelo menos 20 milhões de pessoas antes do final de dezembro.
Mesmo com a imunização, o número galopante de casos já está deixando o sistema de saúde sobrecarregado. Em Los Angeles, epicentro da doença atualmente, os paramédicos têm que escolher quem levar ao hospital.
O país segue líder em números de casos, com a Índia em segundo lugar, com 10 milhões de infecções e o Brasil, com quase 8 milhões de contágios. O Brasil continua sendo o segundo país com o maior número de fatalidades pela covid-19, com 200 mil mortes.