O painel que faz o acompanhamento da análise das vacinas contra a covid-19, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mostra que aumentou de domingo (10) para esta segunda-feira (11) a quantidade de pendências do imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Se no domingo faltavam ser entregues 5,18% dos documentos, nesta segunda, na atualização de 7h, o percentual saltou para 5,47%. Também cresceu a faixa no gráfico destinada aos dados pendentes: ontem pela manhã eles somavam 47,83%, hoje são 48,36%.
Somando tudo, o Butantan ganhou mais de 1 ponto percentual de dúvidas para explicar o quanto antes. De 52,74% passou para 53,81%.
A Anvisa tem 10 dias — e já passaram-se quatro — para dizer se libera ou não a aplicação das vacinas para uso emergencial no Brasil. Em nota, publicada em seu site na semana passada, a agência deixou claro que cumpriria o prazo desde que todos os esclarecimentos fossem feitos rapidamente.
De acordo com a assessoria de imprensa da Anvisa, à medida que evoluem as análises dos documentos, feitas pelos técnicos da agência, é natural que mais informações sejam pedidas.
Nas últimas 24h, segundo o painel, subiu de 34,58% para 38,07% a quantidade de documentos já analisados na solicitação do Butantan.
A assessoria reforça que, apesar de o percentual de documentos ausentes ser maior, não foram feitos novos pedidos além dos que já haviam sido anunciados pela Anvisa na sexta-feira (8).
De qualquer forma, a elevação de pendências de domingo para segunda, ainda que pequena, mostra que o caminho para a aprovação da CoronaVac não está fácil. A assessoria de imprensa da Anvisa diz também que o instituto não entregou qualquer documento novo no último fim de semana. “Continuamos aguardando os seis itens que faltam”, informa.
A declaração vai contra o que afirmou nesta segunda o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Segundo ele, os documentos foram mandados à agência reguladora no sábado e no domingo.
A estagnação da CoronaVac não ocorre com a segunda vacina que passa pelo pente-fino da agência, desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratóro AstraZeneca, ambos do Reino Unido. Se no domingo 19,88% da checagem já havia sido concluída, o percentual foi a 21,88% nesta segunda.
Também caiu 0,02 ponto percentual as pendências da vacina de Oxford, defendida no Brasil pela parceira Fiocruz: de 18,84% para 18,82%.
Conclusão dos trabalhos
A velocidade na conclusão das análises, no entanto, segue maior no caso da vacina chinesa e brasileira.
Mais de 38% da documentação da CoronaVac já foi checada, enquanto a da Fiocruz tem apenas 21,88% dos dados concluídos.