O custo da cesta básica cresceu 23,37% em Fortaleza no ano passado. Os alimentos necessários para as refeições diárias custam, em média, R$ 534,96. O valor é equivalente a 55,4% do salário mínimo líquido.
Entre os produtos mais caros, o óleo subiu 118,32%. Além disso, o valor do arroz cresceu 88,29% e a farinha, 50,51%. A alta é a maior do Nordeste. Os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada e divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
No outro ponto, banana (0,99%), manteiga (6,92%), café (8,7%) e pão (12,97%) apresentaram os menores aumentos.
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Salário mínimo no Brasil deveria ser de R$ 5.289,53, segundo Dieese
Poder de compra
Com base na cesta mais cara que, em dezembro, foi a de São Paulo, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.304,90, o que corresponde a 5,08 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.045,00. Segundo o órgão, o cálculo é feito levando-se em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta para o conjunto das capitais, considerando um trabalhador que recebe salário mínimo e trabalha 220 horas por mês, foi, em dezembro, de 115 horas e 8 minutos, maior do que em novembro, quando ficou em 114 horas e 38 minutos.
Quando comparado o custo da cesta ao salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social – alterado para 7,5% a partir de março de 2020, com a Reforma da Previdência -, verificou-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro, na média, 56,57% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em novembro, o percentual foi de 56,33%.