PANDEMIA

Amazonas suspende transporte coletivo e decreta toque de recolher

Governo anunciou restrições no transporte de passageiros em rodovias e rios e o toque de recolher entre 19h e 6h

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14 de janeiro de 2021
Márcia Catunda

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), anunciou nesta quinta-feira (14) ações para enfrentar o aumento de casos de covid-19 no estado. Uma das medidas é a suspensão do transporte coletivo de passageiros em rodovias e rios e o toque de recolher nas ruas, em todo o estado, entre às 19h e 6h. Além das restrições, o governo incluiu o plano de abastecimento de oxigênio para as unidades hospitalares e remoção de pacientes para hospitais de outros estados.

Amazonas suspende transporte coletivo e decreta toque de recolher
Foto: Prefeitura de Manaus

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O Amazonas iniciou a transferência de pacientes para unidades hospitalares de cinco estados. Para isso, além do translado desses pacientes, o governo montou um grupo de apoio psicossocial para pacientes e familiares.

“Estamos montando também um grupo de apoio para esses pacientes e familiares que irão se deslocar para os outros estados. Esse primeiro grupo irá para o estado de Goiás, e outros grupos irão para os estados do Piauí, Maranhão, Brasília, Paraíba e Rio Grande do Norte. E aqui quero agradecer a esses governadores, que num gesto humanitário, estão estendendo a mão para que os nossos irmãos possam ser acolhidos nessas regiões”, afirmou o governador.

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As ações são resultado de reunião com representantes do Comitê de Resposta Rápida – Enfrentamento Covid-19, composto pelos governos do estado, federal e municipal, após piora do quadro epidemiológico da covid-19 no Amazonas. Segundo o governador, a ampliação das medidas de restrição visa a proteção da vida das pessoas.

“Estamos baixando um decreto suspendendo o transporte coletivo de passageiros entre as rodovias e os rios, exceto o transporte de cargas. Estamos também decretando o fechamento das atividades de circulação de pessoas, entre 19h e 6h da manhã, exceto atividades e transporte de produtos essenciais à vida. E aí teremos o funcionamento de farmácias, mas para entrega de delivery e entrega por demanda. A circulação de pessoas que trabalham em áreas estratégicas e essenciais como saúde, segurança pública e imprensa também fica assegurada”, disse Lima.

Plano de abastecimento

Em relação ao abastecimento de oxigênio nas unidades hospitalares, o governador ressaltou que todas as medidas para solucionar as dificuldades logísticas de abastecimento do produto, apresentadas pela empresa responsável, estão sendo adotadas junto ao governo federal.

De acordo com o Ministério da Saúde, o estado registra 219.544 casos, 184.732 recuperados e 5.879 mortes por covid-19. Além de ter o terceiro maior índice estadual de mortes pela doença a cada 100 mil habitantes, abaixo somente de Rio de Janeiro e Distrito Federal. Foi também descoberta uma nova variante do coronavírus que, segundo pesquisadores, pode estar contribuindo para uma explosão de casos no Amazonas.

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A ocupação dos leitos de UTI destinados a pacientes de covid-19 atingia 90,33% do total, enquanto os leitos clínicos para coronavírus estavam além do limite de ocupação, segundo boletim publicado na quarta-feira. As salas vermelhas, que recebem pacientes graves que serão posteriormente transferidos, tinham ocupação de 93,33% do total.

“O estado do Amazonas está tomando algumas providências relacionadas à questão do oxigênio. Nós já entramos com uma ação na justiça contra a empresa para garantir que ela abasteça em quantidade suficiente a rede hospitalar para atender nossos irmãos acometidos da covid-19. Desde a madrugada estou em contato com o governo federal, tenho conversado com o general Pazuello (ministro da Saúde), com o ministro da Defesa (Fernando Azevedo e Silva), com o general Heleno (ministro do Gabinete de Segurança Institucional), com outros ministros. O Planalto está mobilizado para que a gente possa superar esse momento o mais rápido possível. Nós estamos numa operação de guerra onde os insumos, sobretudo a questão do oxigênio nas unidades hospitalares, hoje, é o produto mais consumido diante dessa pandemia”, explicou o governador Wilson Lima.

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