Nas vésperas da realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a realização da prova ainda é cheia de incertezas.
A Defensoria Pública da União (DPU) entrou com um pedido de anulação da decisão que mantém as datas definidas para as provas. De acordo com o órgão, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) não é capaz de garantir todas as normas de segurança na prevenção da covid-19.
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Este pedido foi feito neste sábado (16), um dia antes da realização da primeira parte do Exame.
No último dia 12 de janeiro, a Justiça Federal de São Paulo negou o adiamento das provas e manteve as datas do Enem nos dias 17 e 14. Na ocasião, a juíza acatou os argumentos da AGU (Advocacia Geral da União) de que nova alteração de datas causaria prejuízos financeiros e também prejudicaria a formação dos estudantes, uma vez que o exame é a principal porta de entrada para as universidades federais.
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Segundo a Defensoria, nem o próprio Inep está seguindo as medidas de segurança que eles mesmos decidiram. A DPU cita reportagens recentes que mostram que algumas salas onde o exame será aplicado vão ter uma ocupação acima dos 50% permitidos.
O cronograma do Enem vem sendo contestado pela Defensoria Pública da União desde a publicação do edital em março.
Apesar da contestação do órgão, até o momento da publicação desta matéria o Enem continua programado para acontecer, em sua versão física, nos dias 17 e 24 de janeiro.